História

Lista com 30 fatos curiosos sobre a história do iPhone

Apesar de ter sido apresentado ao mundo em janeiro de 2007, o primeiro iPhone só foi vendido no dia 29 de junho daquele ano. E desde então ele mudou completamente o conceito que temos do que seja um telefone celular.

Para comemorar os 15 anos, reunimos aqui uma série de fatos curiosos sobre o início do iPhone e sobre coisas que ele realmente fez diferença. É impossível imaginar como o mundo seria hoje se o iPhone não tivesse sido lançado.

1. O nome

Desde o primeiro iMac, em 1998, a Apple passou a usar a letra “i” minúscula como prefixo do nome de seus produtos. Foi assim com o iTunes, com o iPod, iBook e vários outros produtos.

Portanto, seria lógico que um telefone da maçã se chamasse iPhone.

Porém, antes mesmo de Steve Jobs começar a pensar em entrar neste ramo, uma outra empresa patenteou a marca em 1999: a Linksys (posteriormente comprada pela Cisco).

E inclusive lançou um telefone empresarial com este nome.

Quando a equipe de Jobs já estava trabalhando no novo projeto, se debateram com este problema: como chamar o telefone, visto que a marca iPhone já estava registrada?

Eis as ideias que chegaram a ser cogitadas:

  • mobi
  • telePod
  • iPad (sim, o nome que depois ficou para o tablet)
  • triPod

Por isso, foi com grande surpresa que todos ouviram Steve Jobs dizer que ele se chamaria iPhone.

De fato, a Cisco entrou na justiça para reclamar seu registro, mas um acordo amigável ($$$) permitiu que a Apple ficasse com a marca.

2. O domínio iphone.com

O endereço iphone.com já estava registrado desde 1995, bem antes de Jobs voltar para a Apple.

O proprietário, Michael Kovatch, aceitou vendê-lo para a Apple por 1 milhão de dólares. Um. Milhão.


3. Primeiros comerciais

O primeiro comercial do iPhone foi transmitido durante a cerimônia de entrega do Oscar, no dia 25 de fevereiro de 2007.

De forma simples, ele mostrava cenas de filmes famosos em que os atores falavam no telefone.

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Quando junho chegou, mais comerciais foram ao ar, com uma trilha sonora que ficou bem marcada durante muito tempo.

Os comerciais mostravam como a forma de ver fotos, vídeos, páginas de internet e mapas na palma da mão estavam mudando em um celular.

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4. A história do horário 9:41

Você já reparou que em todos os comerciais do iPhone o aparelho está marcando a hora 9:41?

Isso porque é a hora exata em que Jobs começou a apresentar o iPhone, no dia 9 de janeiro de 2007.

Ele planejou tudo tão milimetricamente, que sabia mais ou menos o horário em que começaria a falar do celular, e aí pediu para todos os técnicos prepararem as imagens para a apresentação que desse a impressão para os presentes de que aquele era o horário em tempo real.

Acabou ficando um marco e hoje faz parte de todo o material publicitário.

Porém, apesar disso, por alguma razão que desconhecemos a caixa do primeiro iPhone trazia a imagem de um aparelho com a hora 9:42, assim como os primeiros materiais de lançamento.


5. O iPhone foi finalizado só nos últimos meses

Steve Jobs disse a todos em janeiro de 2007 que estava apresentando o novo celular alguns meses antes porque, como teria que ir para aprovação nos órgãos reguladores, ele preferia que todos ficassem sabendo por ele e não por outros.

Mas isso era apenas uma desculpa furada. A verdade é que em janeiro o iPhone ainda não estava completamente pronto e precisaria de alguns meses para ser finalizado.

Na apresentação, os protótipos usados por Jobs não funcionavam direito, e foi preciso vários deles para que ninguém percebesse que ainda não funcionavam por inteiro.

Inclusive Jobs apresentou funções diferentes daquelas que foram ao ar.

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6. Não era possível instalar aplicativos

Quando Steve Jobs apresentou o iPhone no palco e disse que ele rodava o mesmo OS X do Mac, muita gente ficou empolgada.

Afinal, seria um verdadeiro computador de bolso, com uma tela multitoque. Desenvolvedores do mundo inteiro já pensavam o que fariam para tornar o iPhone ainda mais poderoso.

Porém, o balde de água fria veio em junho, na WWDC, quando Jobs anunciou que não seria possível instalar aplicativos no sistema, apenas criar páginas de internet que funcionassem como aplicativos.

Imagine você hoje sem WhatsApp, Uber, app de banco, jogos… Assim era o primeiro iPhone.

Com isso, a corrida para destravar o sistema e permitir a instalação de apps independentes resultou no jailbreak.

E ele tornou o aparelho tão maravilhoso que, em setembro daquele ano, Jobs deu o braço a torcer e anunciou que iriam preparar um SDK (kit de desenvolvimento) para permitir a criação de aplicativos nativos.

Em 2008, surgiu então a App Store.


7. Apenas 3 países iniciais

No primeiro ano de seu lançamento, o iPhone passou a ser vendido em apenas 3 países: Estados Unidos, França e Alemanha.

E o pior, eram bloqueados com uma única operadora. Isto significava que um iPhone comprado lá fora a princípio não funcionava no Brasil.

Passado os meses, o jailbreak permitiu que o aparelho fosse desbloqueado, o que fez muitos brasileiros conseguirem ter o seu.

Já no ano seguinte, o iPhone 3G foi lançado em 22 países, entre eles o Brasil.


8. Pacto com as operadoras

Até a chegada do iPhone, quem mandava na indústria de celulares eram as operadoras.

Elas que diziam para as fabricantes como Nokia, Motorola e BlackBerry como deveria ser o aparelho, e exigiam que a marca dela aparecesse no sistema e na parte exterior do celular.

Quando a Apple quis entrar no negócio, encontrou esta grande barreira, inclusive com um diretor da Cingular/AT&T pedindo para que fosse colocado um botão físico especialmente para tirar fotos.

Jobs teve muito trabalho em convencer as operadoras de que elas não poderiam dar nenhum palpite em como o iPhone seria, muito menos colocar a sua marca nele.

Para isso, a Apple firmou um contrato de exclusividade e em cada país apenas uma operadora tivesse o direito de vender a novidade.

Somente Jobs poderia conseguir algo assim.


9. Pouco espaço e muito caro

No lançamento, a Apple disponibilizou apenas dois modelos de capacidade: 4GB e 8GB.

O preço também era estratosférico: US$499 e US$599, isso já com o subsídio da operadora e bloqueado com ela.

Em setembro daquele ano, a Apple corrigiu este erro, eliminando o modelo de 4GB (que já na época era um espaço interno ridículo) e baixando o preço do de 8GB para $399.

Mesmo assim, o valor era considerado ainda caro para um celular subsidiado.

Em fevereiro de 2008, a Apple lançou a versão de 16GB do iPhone. Inclusive, esta foi a primeira notícia dada por este humilde blog.


10. Os engenheiros do BlackBerry acharam que o iPhone era uma farsa

Quando Steve Jobs apresentou o iPhone pela primeira vez, os engenheiros da RIM (que fabricavam o BlackBerry) duvidaram que aquilo fosse verdade.

Eles achavam impossível um celular com uma tela colorida daquele tamanho aguentar ligado mais do que meia-hora.

Eles realmente acreditaram que a Apple estava mentindo puramente para fazer marketing de si mesma. Quando o aparelho chegou ao mercado e eles puderam analisá-lo, viram que a engenharia interna era totalmente diferente do que se fazia, priorizando uma bateria enorme, com os processadores bem pequenos. Admitiram que aquilo era genial.


11. O desdém inicial pelo iPhone

Muitos se arriscaram na época a prever o futuro catastrófico (SIC) do iPhone. “Especialistas” que queimaram a língua por não verem o futuro chegando.

O iPhone era tão diferente de tudo até ali que muitas mudanças foram difíceis de absorver.

A falta completa de um teclado físico era uma das críticas mais usadas pelos detratores, além do fato dele ser “grande” para o padrão da época.

O CEO da Palm chegou a dizer na época “Os caras dos computadores não vão agora chegar e mostrar como se faz. Não é só chegar e fazer“.

Já um outro analista do Bloomberg não acreditava que o iPhone duraria muito tempo:

“O iPhone não é nada mais do que um brinquedo de luxo que vai apelar para alguns loucos por gadgets. Em termos de seu impacto sobre a indústria, o iPhone é menos relevante. É pouco provável que a Apple faça algum impacto neste mercado. A Apple vai vender um pouco para alguns de seus fãs, mas o iPhone não vai marcar a indústria a longo prazo.”

Michael Kanellos, da CNET, foi ainda mais categórico, prevendo o fracasso total do aparelho:

“A Apple está se preparando para lançar um novo telefone… E ele vai fracassar. As vendas deste telefone até irão disparar no começo, mas as coisas vão se acalmar e o telefone da Apple vai tomar o seu lugar nas prateleiras com as câmeras de vídeo aleatórias, telefones celulares, roteadores sem fio e outros possíveis acertos. Quando o iPod surgiu no final de 2001, ele resolveu alguns problemas importantes com MP3 players. Infelizmente para a Apple, são problemas que não existem no setor de telefonia. Os telefones celulares não são desajeitados, dispositivos inadequados. Em vez disso, eles são muito bons. Muito bons.”

Nem mesmo a Microsoft estava acreditando no que estava acontecendo. O diretor de marketing da empresa, Richard Sprague, comentou na época:

“Eu não posso acreditar nesta atenção toda que está sendo dada para o iPhone … Eu só tenho que saber quem vai querer uma coisa dessas (além do fanático religioso). Então, por favor, favorite este post e volte daqui dois anos para ver os resultados da minha previsão : eu prevejo que o iPhone não vai vender nem perto dos 10 milhões [de unidades] que Jobs prevê para 2008.”

E claro, não podemos esquecer do comentário que ficou na história, vindo da boca do então presidente da Microsoft, Steve Ballmer:

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Confira nosso outro artigo com uma coletânea de frases ditas contra o iPhone. Aproveite também para analisar os comentários que nossos leitores fizeram naquela época.


12. O primeiro iPhone era bem limitado

Apesar de ser considerado revolucionário, o primeiro iPhone era na verdade bem limitado, principalmente se compararmos com os modelos de hoje.

Ele possuía uma câmera traseira, mas que fazia apenas fotos, não vídeos. As fotos, aliás, eram de 2 megapixels, um padrão nos celulares da época.

A entrada do conector para fones de ouvido era profunda, o que fazia com que apenas os fones da Apple entrassem. Se você tivesse outros fones, não conseguiria usá-los.

Ele não tinha GPS e nem mesmo era compatível com conexão 3G.

Sua memória RAM era de apenas 128MB (a título de comparação, o iPhone 13 Pro tem 6GB).

Aliás, o próprio sistema era bastante limitado na primeira versão: não tinha copiar e colar, nem multitarefa e o fundo da tela inicial era preto, sem permitir a colocação de um wallpaper personalizado.


13. Mimos na caixa original

Na caixa do primeiro iPhone vinham dois acessórios que não fazem mais parte do pacote hoje em dia: um dock para carregar a bateria do aparelho com ele em pé sobre a mesa, e uma flanela de veludo, preta, com a palavra iPhone impressa em baixo relevo.

Desconfia-se que o carregador tinha a finalidade de fazer com que o usuário sempre carregasse o aparelho e não se desse conta de que a bateria não durava mais vários dias, como outros celulares da época.


14. App Store mudou tudo. De novo.

Apesar de relutante no início, a mudança de atitude em lançar uma loja de aplicativos em 2008 foi um dos passos revolucionários que catapultaram o iPhone para o sucesso.

Pela primeira vez, era possível ampliar enormemente as possibilidades do aparelho.

Nenhum outro celular tinha uma loja de aplicativos tão vasta e tão aberta a pequenos desenvolvedores, pois a Apple forneceu todos os materiais para que qualquer um vendesse sua criação para o mundo inteiro.

Isso acabou ajudando a criar empresas que atualmente fazem parte da vida digital de milhares de usuários.

Diversos aplicativos hoje famosos nasceram no iPhone, como Instagram, WhatsApp, Foursquare, Waze, Snapchat e tantos outros. Sem falar nos jogos, como Angry Birds e Cut the Rope, que permitiram que suas empresas se tornassem milionárias.


15. iPhoneOS

Nos primeiros anos, o sistema operacional do iPhone se chamava iPhoneOS.

Porém, com o tempo, ele foi equipando outros produtos além do smartphone, como o iPod touch e o iPad. Foi então que, em 2010, a Apple passa a chamar o sistema de iOS.


16. Made in China

A ideia inicial era fabricar o iPhone em território americano, como os Macs.

Porém, Jobs não encontrou nenhuma fábrica no país que tivesse a capacidade de produzir tantos aparelhos em um período tão curto.

Foi o CCO da empresa na época, um tal de Tim Cook, quem descobriu que na China havia fábricas que poderiam fazer o trabalho de forma precisa e muito, muito rápida.

Foi assim que o iPhone passou a ser fabricado lá e continua até hoje, apesar de existirem fábricas também em alguns outros países, como Índia e Brasil.


17. Cadê o Flash?

Uma das primeiras reclamações dos usuários foi a incompatibilidade do iPhone com a tecnologia Adobe Flash, que na época era presente em grande parte da web.

Era muito difícil visitar um site que não tivesse algo em Flash, e sempre aparecia um dado azul mostrando incompatibilidade do iOS.

Muitos reclamavam que não era possível rodar jogos do Orkut. Que absurdo! Que droga de telefone!

Enquanto muitos viam uma falha, Steve Jobs via como decisão vital para a boa experiência do usuário.

A Adobe foi incapaz de criar uma versão mobile do Flash que fosse performática e não gastasse excessivamente a bateria.

Tanto que os smartphones e tablets de outras marcas que adotaram o Flash para se vangloriar em cima da Apple eram lentos e terríveis de usar, saindo de linha depois de alguns meses, para o desespero de quem comprou.

A briga foi longa. A Adobe demorou muitos anos para admitir seu erro e abandonar o Flash em plataformas móveis.

Ela até tinha feito uma campanha publicitária meio ridícula tentando responder à carta aberta que Steve Jobs publicou sobre o uso da tecnologia, como se o problema fosse resumido ao marketing e não ao próprio Flash. Neste outro artigo nós explicamos com mais detalhes como foi isso.

Graças ao empurrão do iPhone, hoje temos uma internet mais leve e aberta, com o HTML5 e outras tecnologias substituindo com vantagens o Flash.


18. Diversos protótipos

O iPhone poderia ter sido diferente do que foi.

Em 2012, a briga nos tribunais entre Apple e Samsung fez vir à tona um pouco da história secreta do Projeto Púrpura 2.

Foram revelados diversos protótipos iniciais do que poderia ter sido o primeiro iPhone.


19. Transformações

Em termos de design, o iPhone recebeu três grandes transformações desde o seu lançamento.

A primeira foi com o iPhone 4, que trazia uma tela com tanta definição que era, segundo Jobs, maior do que a retina humana poderia identificar, além de um design com vidro na traseira.

A segunda foi com o iPhone 6 e 6 Plus, que marcou a entrada da Apple no mundo dos phablets (celulares com telas maiores). Os mesmos traços seguiram até o iPhone 11.

E a mais recente mudança significativa no design veio com o iPhone X, que adotou pela primeira vez uma tela que cobria toda a frontal do aparelho. Sem bordas e sem o clássico botão frontal, que por muito tempo foi o símbolo do iPhone.

Os modelos intermediários foram apenas mudanças pequenas. O iPhone 3G tinha novo design, mas basicamente o interior era o mesmo do primeiro iPhone.

O iPhone 5 foi o primeiro a mudar as dimensões da tela, mas seu design era muito parecido com o do 4, apenas mais esticado. Tanto que isso rendeu boas piadas na internet…

O iPhone 5c foi um caso à parte. Um aparelho com traseira de plástico ultra-colorido, com hardware do ano anterior. Se a proposta era ele ser mais acessível, seu preço não ajudava. Não teve uma segunda geração para contar história.

Os iPhones 12 e 13 resgataram o design sanduíche do iPhone 4, então não dá para dizer que trouxeram grandes novidades no visual.


20. iPhone “11” em 2017

Se seguisse a numeração linear, o modelo de 2017 se chamaria “iPhone 11” e não “iPhone 8“. Não estamos considerando as “edições especiais”, como o iPhone 5c e o SE, que usaram hardwares de modelos já lançados.

A única vez que o número do nome bateu com a geração foi em 2010, com o iPhone 4. Parecia que a partir dali se formaria um novo padrão, mas então Jobs morreu e Tim Cook adotou as linhas intermediárias “S” entre uma geração e outra (mais detalhes no item 22).

Se em cada ano o nome trouxesse a geração, em 2022 a Apple estaria lançando o iPhone 16.


21. No meio do ano

Steve Jobs gostava de lançar novos modelos na WWDC, em junho, e foi assim até o iPhone 4.

Quando Tim Cook assumiu a empresa em 2011, passou o lançamento para o segundo semestre, por acreditar que no Natal as vendas são muito melhores.

A única exceção da história foi o iPhone SE, único modelo até hoje lançado em março.

Aliás, uma observação. Logo quando Tim Cook assumiu, ele passou todos os lançamentos de produtos para o segundo semestre, inclusive o do iPad que costumava ser no começo do ano.

Isso fez com que se acumulasse em setembro e outubro todos os lançamentos e deixando o resto do ano “sem graça nenhuma”.

Felizmente eles consertaram o erro e atualmente os lançamentos ficaram mais distribuídos.


22. iPhone 3G S

Na época de apresentação do 3º iPhone, Steve Jobs estava de licença médica para tratar do seu câncer.

Com isso, Tim Cook foi quem tomou as decisões e optou por colocar um S no nome do novo modelo, que foi apresentado como iPhone 3G S (assim mesmo, separado).

Na época, todos acharam o nome bizarro, e quando Jobs voltou ao comando em julho daquele ano, uma das primeiras coisas que fez foi juntar as letras para deixar como 3GS.

Não fosse isso, provavelmente os futuros modelos se chamariam iPhone 4 S, 5 S, etc…


23. Segredos protegidos

Por coincidência ou não, quando Steve Jobs era vivo os rumores tinham bem mais dificuldade de revelarem antecipadamente novidades do que hoje.

Claro que muitos podem argumentar que é quase impossível segurar informações em uma cadeia de produção gigante, mas o fato é que com Jobs, as informações não vazavam muito, mesmo a cadeia produtiva já sendo enorme naquela época.

Por isso mesmo, o fato de um protótipo do iPhone 4 ter sido esquecido em um bar virou até matéria do Jornal Nacional, tamanha a repercussão daquele fato inédito.

Nunca tinha-se visto um produto da Apple antes dela anunciar oficialmente.

Hoje, devido ao temperamento mais brando de Tim Cook, até mesmo vídeos internos sobre uma campanha contra vazamentos acaba vazando, mostrando que ele não tem nenhum domínio nem mesmo sob o mesmo teto empresarial. Aí fica difícil.


24. A novela do protótipo no bar

Sem dúvida, uma das histórias mais fascinantes nestes 15 anos foi o protótipo do iPhone 4 encontrado em um bar da Califórnia.

Um rapaz encontrou, do nada, algo que na época parecia impossível de acontecer: o protótipo de um iPhone real ainda não lançado.

O aparelho tinha sido esquecido por um engenheiro da Apple, Gray Powell, que acabou bebendo demais no seu aniversário.

Imediatamente o sortudo que encontrou tentou fazer dinheiro com a descoberta.

Primeiro ofereceu o protótipo para o site Engadget, que recusou temendo uma represália da Apple.

Quem aceitou a oferta foi o Gizmodo, pagando US$5.000 para fazer fotos e vídeos do dispositivo.

Era a primeira vez que um protótipo da Apple era exposto assim com tantos detalhes (não como hoje, que já se sabe em fevereiro o modelo que será lançado no segundo semestre).

A Apple processou o Gizmodo, que ficou anos sem poder entrar em eventos da empresa. Na época, nós fizemos um resumo da novela aqui.

Apesar da enorme gafe, o engenheiro Gary Powell trabalhou na Apple até 2017.


25. iPhone mini

Houve um rumor que se prolongou por anos: o tal do iPhone mini.

O argumento era que o iPhone seria um “aparelho grande demais” e que a Apple iria lançar uma versão menor para “conquistar mais mercado”.

Claro que isso estava baseado na antiga tendência dos celulares em serem cada vez menores (vide o sucesso do Motorola StarTac), sem considerar que o iPhone tinha quebrado todos os paradigmas do passado.

O rumor só morreu definitivamente quando outras marcas começaram a fabricar telas ainda maiores, ganhando de vez a preferência dos usuários asiáticos.

Em 2020, a Apple finalmente lançou uma versão mini do iPhone 12, mas nada tinha a ver com os rumores antigos. Ele apenas quis reviver o tamanho menor do iPhone 5, mas acabou não sendo um sucesso de vendas.

Foi descontinuado logo após o iPhone 13.


26. O iPhone lançou os Emojis para o mundo

O iPhone é tido como o grande responsável pela popularização dos Emoji no mundo todo.

Os caracteres gráficos sempre foram sucesso no Japão desde a década de 80, mas apenas aparelhos vendidos no país é que traziam os chamados Emoji.

Como o iPhone passou a fazer um enorme sucesso lá, a Apple incorporou os caracteres no iOS 2 (na época com o nome de iPhoneOS 2.0).

No princípio, eles ficavam disponíveis apenas para usuários japoneses. Porém, começaram a surgir diversos métodos para desbloqueá-los em outros idiomas.

Com o tempo, a Apple adotou definitivamente os Emoji no sistema para todos os países e outras redes sociais passaram a adotar também. Hoje, não há troca de mensagens sem emojis, que viraram até chaveiro. ;)


27. A mais triste das keynotes

No dia 4 de outubro de 2011 aconteceu o evento de apresentação do iPhone 4S, cuja grande novidade era a assistente virtual Siri.

Mas o que mais chamou a atenção durante a apresentação foi o ar de tristeza de todos que estavam no palco, com um desânimo em mostrar as novidades, algo completamente anormal para a Apple.

Na plateia lotada, havia uma cadeira vazia na primeira fila.

No dia seguinte, Steve Jobs faleceu.

É bem provável que sua situação de saúde estivesse piorado e os executivos da Apple já soubessem que seria suas últimas horas. Deve ter sido um momento bem difícil para eles saber disso e tentar não transparecer na apresentação.


28. A inegável revolução

Por mais que alguém odeie a Apple e o iPhone, não pode absolutamente negar a mudança que ele causou em toda a indústria.

Ele mudou completamente todos os paradigmas existentes, determinando o que deveria ser o futuro.

A revolução foi tão avassaladora que as empresas que não tentaram imitá-lo (como Nokia e BlackBerry) acabaram perdendo vertiginosamente fatias do mercado que antes dominavam.

O projeto do Android antes do iPhone era assim:

Antes da Apple, nenhuma empresa parecia disposta a arriscar propor algo diferente, que realmente mudasse algo.

Mesmo o Google, que já via a telefonia como algo importante a se investir, estava preso à ideias arcaicas e consolidadas do antigo mercado.

E quando o iPhone chegou virando a mesa e derrubando tudo que estava sobre ela, a saída que muitos viram foi imitar ao máximo o que ele apresentava. Esta foi a fórmula usada pelo Android e pela Samsung.

Outras fabricantes que se recusaram a seguir esta fórmula, como Nokia e BlackBerry, perderam mercado de forma meteórica.


29. Maior parte do faturamento

É incrível pensar que, em 2007, a Apple apostou todas as suas fichas em um mercado que desconhecia e que era dominado por operadoras e uma indústria gigante de fabricantes.

É até lógico concordar com que vários disseram na época (veja o item 11), pois era algo muito difícil de imaginar.

Porém, o iPhone (e seus derivados) chegou a representar mais de 75% do faturamento total da Apple, que se tornou uma das maiores empresas do mundo.

Foi como apostar todas as fichas no “zero” da roleta… e ganhar.

Para se ter uma ideia do que é isso, no primeiro trimestre de 2017 o faturamento da App Store, sozinha, já tinha sido maior do que o faturamento anual inteiro da Apple em 2007, ano que já contava com as vendas do primeiro iPhone. Incrível.


30. O maior fracasso

De todas as polêmicas geradas com o iPhone (e foram muitas), sem dúvida a que mais marcou negativamente a Apple foi a decisão de implementar rapidamente os Mapas próprios.

Parecia que estavam com tanta pressa em expulsar o Google do iOS que acabaram liberando algo incompleto e cheio de falhas.

Logo o iPhone, que tinha os mapas como uma das principais novidades no lançamento de 2007.

Os erros eram grotescos, até mesmo no Brasil.

A cidade de Tapes, no Rio Grande do Sul, foi traduzida como “Fitas” (tape em inglês).

Sem falar na navegação, que fazia o motorista passar pela inativa ponte Hercílio Luz em Florianópolis, ou estacionar na pista de pouso do Galeão.

Nós reunimos algumas destas gafes neste outro artigo:

Outro grande problema é que, na época, a Apple eliminou o Google Maps completamente, não possuindo nem aplicativo independente na App Store.

Isso deixou os usuários completamente sem ter como se localizar, causando ira em muitos.

Órgãos públicos sugeriam a seus cidadãos que era perigoso usar os Mapas da maçã, e no fim a lambança acabou resultando na demissão do pai do iOS, Scott Forstall.

Os mapas evoluíram muito desde então e a paz voltou a reinar. Porém, as decisões tomadas na época foram claramente equivocadas.


Este foi um pouco da história do iPhone, em comemoração aos seus 15 anos de existência.

Claro que muita coisa ainda poderia ser dita, e deixaremos para vocês comentarem aqui embaixo. E que venham mais 15 anos!

Fonte
Conteúdo original © Blog do iPhone
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