[Retrospectiva 2015] Os fatos que marcaram o ano no mundo Apple
Tivemos um ano bem conturbado no Brasil, em termos de política e economia, e a desvalorização do Real atingiu em cheio os usuários de eletrônicos importados, como é o caso dos produtos da Apple. Até mesmo quem comprou em outro país acabou pagando valores nunca antes vistos. Em compensação há tempos não se via tantas novidades por parte da Apple. A maçã inaugurou novas categorias de produtos, ampliando ainda mais o seu mercado.
Confira um apanhado dos principais destaques referentes ao mundo Apple em 2015.
✦ O nascimento de novos produtos e serviços
Pode-se dizer que 2015 foi um ano repleto de novidades na Apple. Basta lembrar que ela lançou um relógio, um iPad ainda maior, um serviço de música, uma Apple TV toda reformulada e até mesmo uma canetinha para telas multitoque, fora as atualizações dos produtos que já existiam. Há tempos não se viam tantos novos lançamentos assim em apenas um ano.
O primeiro lançamento foi polêmico: o novo MacBook, tão fino que ficou sem espaço para conectores. Alguns chamaram a Apple de corajosa, outros de louca, mas ela decidiu colocar apenas um único conector USB no computador, que serve ao mesmo tempo para carregar a bateria, conectar um monitor externo, um pendrive, um HD externo ou o iPhone. Se plugar um, não consegue plugar os outros. E ainda por cima, o conector é de um padrão completamente novo (USB-C), que ainda não possui grande aceitação.
Logo depois, outro lançamento esperado desde o ano passado: o Apple Watch, o primeiro novo produto da Apple pós-Steve Jobs. No início a produção foi muito fraca, o que fez muita gente esperar por meses para conseguir colocar as mãos (ou os punhos) em um. O produto também inaugurou uma nova categoria para a empresa: o de produtos mais exclusivos e declaradamente caros, como foi o caso dos modelos feitos em ouro, custando mais de 10 mil dólares.
Ainda no primeiro semestre, a maçã lançou um novo serviço: o Apple Music, que permite ouvir uma enorme biblioteca de músicas por streaming, através de uma assinatura mensal. Esta foi uma mudança histórica, principalmente para a empresa que instaurou por uma década o mercado de música digital com o iTunes. Passar para o formato de “buffet livre” (que Jobs sempre evitou) foi um marco importante.
Poucas semanas depois, a Apple surpreende lançando novos modelos do iPod touch, que parecia esquecido pela empresa. Bem coloridos e com processador igual ao do iPhone 6, eles mantiveram o design externo da geração anterior.
Em setembro, como sempre, tivemos novos iPhones. No lugar de grandes mudanças, esta geração foi mais uma atualização do modelo do ano anterior, mantendo o visual exterior e incluindo novidades internas, como melhor câmera, processador com mais velocidade e uma tela que identifica a força do toque (3D Touch). A Apple tinha tanta certeza que todos ficariam com a sensação de “mais do mesmo“, que criou um slogan publicitário para tentar reverter essa impressão.
Semanas após o iPhone, chegava ao mercado a nova Apple TV, totalmente reformulada e finalmente permitindo instalar aplicativos da App Store nela. O produto estava há mais de 3 anos sem novidades e por isso este lançamento foi muito significativo. A Apple quer entrar de vez na sala dos usuários, o que está fazendo alguns concorrentes (como a Microsoft) se preocuparem.
O último grande produto do ano foi algo que ficou por muito tempo como rumor: o iPad Pro, um tablet maior, que não roda programas de computador mas mesmo assim é voltado para profissionais que precisam de mais performance e mobilidade. Junto com ele a Apple também lançou uma caneta para telas multitoque e um teclado especial. O preço de todos estes produtos juntos ultrapassam o valor de um MacBook Air.
Mas a Apple não terminou o ano sem lançar duas novidades menores, e que causaram um pouco de estranheza em quem conhece a companhia há mais tempo. Primeiro foi um dock carregador para o Apple Watch, de formato bizarro, diferente de tudo o que se vê por aí.
Depois, lançou pela primeira vez na história uma capa com bateria embutida para o iPhone 6/6s, com um design que gerou muitas piadas pela internet.
Foram no total 11 lançamentos em menos de 10 meses. Sem dúvida, 2015 foi um dos anos com maior quantidade de novidades por parte da Apple. Mas a impressão que ficou para muitos é que não foi um grande ano de novidades. Você tem esta mesma impressão?
✦ Apple e o Brasil
O primeiro dia de 2015 começou com uma péssima notícia para os brasileiros: o preço do iPhone subia ainda mais de preço. O valor que já tinha assustado a todos dois meses antes, ficava ainda mais caro. Além disso, a alta dos preços em geral dificultou bastante a vida dos usuários da maçã.
Mesmo assim, foi um ano que teve novidades interessantes. Em abril foi inaugurada a segunda Apple Store da América Latina, na capital de São Paulo. E se imaginarmos que nem o México (que é importante estrategicamente para a empresa) possui uma loja oficial, ter uma segunda aberta em nosso país é algo a se comemorar.
Outro destaque importante que aconteceu foi a diferenciação de preços que a empresa praticou no Brasil para o Apple Music, cobrando metade do que cobra nos Estados Unidos e na Europa. Como os preços estão em dólar, ficaria impossível competir com outros concorrentes existentes no país se não houvesse esta diminuição.
O ano de 2015 também trouxe algo que esperávamos há muito tempo: a Siri em português. Depois de 4 anos de longa espera, a Apple finalmente incluiu nosso país na lista de línguas da assistente virtual.
Em compensação, os preços dos produtos físicos foram para estratosfera. Nunca se pagou tanto por produtos importados no país, e mesmo com a fabricação aqui e uma redução relativa de valores, os preços finais ficaram fora da realidade de muita gente. Neste sentido, não foi um ano positivo para os amantes de tecnologia.
✦ E o futuro?
Há muita coisa que ainda esperamos para o futuro. Há tempos esperamos preços em Reais na App Store, uma esperança que nunca morre. Também 2016 pode ser o ano em que teremos o Apple Pay no Brasil (sonhar não custa nada), além de Mapas mais completos (com o Flyover, navegação curva-a-curva e função Redondeza). E é claro, vamos torcer para que a situação político/econômica do país melhore, para que não sejamos castigados com dólar alto.
Nós do Blog do iPhone agradecemos a todos vocês pela companhia, e que 2016 seja repleto de boas notícias para todos nós. Feliz Ano Novo para todos!