Opinião

[off-topic] O novo MacBook e sua polêmica revolução

MacBook

O foco do nosso blog sempre foi claro: iOS. Mas de vez em quando (raramente), comentamos sobre outros produtos da Apple que não fazem parte deste universo. Como no evento desta semana o MacBook foi a grande novidade da apresentação, muitos de nossos leitores pediram nossa opinião a respeito dele.

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Mais leve que o Air

O novo MacBook é o mais fino e pequeno já feito até hoje. Mesmo trazendo uma tela de 12 polegadas, ele é menor que o atual MacBook Air de 11″. Para se ter uma ideia, ele fechado tem o mesmo tamanho que o iPad de primeira geração. Como a Apple conseguiu fazer isso? Tirando o máximo que podia da estrutura interna. Tirou o ventilador e todos os conectores possíveis de dentro, deixando apenas um, universal (falaremos dele mais adiante) e ainda miniaturizaram a placa lógica, reduzindo seu tamanho em 60%. Com isso, ele ficou também mais leve, com espaço sobrando para colocar mais baterias. A Apple promete autonomia de “um dia inteiro”, mas será preciso fazer testes para saber com precisão quanto ela dura na vida real.

Ele virou o sonho de quem sempre quis um computador leve, prático de carregar e que ainda por cima traz tela Retina. Para blogueiros, jornalistas e profissionais que precisam levar o computador para diversos lugares, este é o MacBook que se esperava há anos.

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Revolução corajosa

O novo MacBook revoluciona em diversos sentidos. Primeiro pela incrível miniaturização da placa lógica, que além de consumir menos, ocupa menos espaço interno. Este pode ser um grande passo para o sonho de, um dia, se unir Mac+iPad em um produto só. A Apple também criou um novo sistema interno de teclado, abandonando o clássico “mecanismo tesoura” para criar um novo, mais eficiente.

O trackpad ganhou novas maneiras de interação, com o reconhecimento da pressão do dedo (mais forte ou mais fraco), algo que começou no Apple Watch e poderá virar padrão em outros produtos, como o iPhone.

São estes tipos de mudanças que não estamos acostumados a ver na concorrência, que fazem a Apple, aos poucos, mudar o mercado. Ou vocês duvidam que, daqui dois anos, a maioria dos computadores não seguirá a mesma tendência?

[quote align=’left’]O MacBook, com sua entrada única para tudo, está levemente à frente do seu tempo.[/quote]Outro ponto que demonstrou muita coragem da Apple foi o fato de abandonar todos os tipos de conectores e substituí-lo por apenas um, no novíssimo padrão USB-C. Esta coragem de mudar radicalmente um padrão não se via desde os primeiros iMacs, em 1998, quando a empresa resolveu drasticamente abandonar o popularíssimo disquete em seus computadores e adotar “um tal” de conector USB. Lembro das pessoas reclamando, na época, que a Apple estava maluca, que iria ser um fracasso, pois não se poderia viver sem disquetes. Hoje todos sabemos como foram as vendas dos iMacs e o fim que a mídia magnética levou.

Por isso, é normal estranharmos muito esta mudança radical, mas tenha em mente que isso será temporário. O MacBook, com sua entrada única para tudo, está levemente à frente do seu tempo, pois ninguém estava preparado ainda para isso. Daqui 5 anos, é bem possível que todos os computadores sejam assim; mas no momento, o pessoal ainda está chocado com a mudança.

A reinvenção do Netbook

É impossível não comparar o novo MacBook, menor e com processamento de certa forma limitado, aos velhos netbooks que Steve Jobs odiava tanto. Os Netbooks viraram uma febre em uma certa época, mas ao mesmo tempo um pesadelo para os fabricantes, pois as margens de lucro eram quase inexistentes. A Apple matou este mercado com o iPad e agora parece querer relançar o mesmo estilo de computador, mas com margem de lucro maior.

Ainda não se sabe a real performance deste novo MacBook (ele só chega ao mercado no dia 10 de abril), mas dificilmente igualará um MacBook Pro atual. Há quem duvide que ele possa perder até mesmo para o MacBook Air…

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Pontos polêmicos

Da mesma forma que o novo MacBook nos traz coisas novas, ele também nos tira verdadeiras marcas registradas dos portáteis da Apple. O clássico MagSafe, que ligava o cabo de energia com um conector magnético, não existe mais. Aquele orgulho de Steve Jobs em contar sobre a genialidade do cabo que impedia que o computador fosse ao chão se alguém tropeçasse no fio, não será perpetuado.[quote align=’right’]Ele matou verdadeiras marcas registradas dos portáteis da Apple, como o MagSafe.[/quote]

Outra perda que deve incomodar a muitos é que a Maçã da parte de traz do monitor não é mais iluminada. Tantos queriam que ela fosse para o iPad, mas agora nem mesmo nos MacBooks ela existirá mais.

Mas o que mais gerou reclamações, sem dúvida, foi a entrada única USB-C para tudo: energia, USB, monitor, HDMI, tudo. Na teoria, se você estiver com um monitor ligado e quiser conectar o MacBook na energia, terá que desligar o monitor. É claro que a intenção da Apple é forçar a compra de um adaptador especial (link) que permita conectar várias coisas ao mesmo tempo. Mas o preço é bem salgado.

Nas gerações futuras, eu apostaria que ele deve vir com uma porta a mais no outro lado, para dispensar a necessidade de adaptador quando o USB-C se popularizar como padrão.

Custo elevado

O trabalho em deixar tudo menor e mais moderno, parece ter tido um custo alto. Esta obra-prima de tecnologia não é muito barata, com o modelo básico custando o mesmo preço que o atual MacBook Pro de 13″, que teoricamente é mais potente. Por isso é tão importante sabermos a performance das novas máquinas, na vida real, para decidir se vale a pena investir.

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Para quem é o novo MacBook?

Como dissemos no início, basicamente é para quem precisa de mobilidade, realizar trabalhos mais intensos que não podem ser feitos no iPad, durante viagens. No meu caso, por exemplo, eu não posso finalizar as edições da Revista iThing no iPad ou no iPhone, pois preciso de programas da Adobe específicos para o computador. Por isso, uma máquina assim, leve, pequena e com boa performance, é perfeita para mim.

Já quem trabalha com coisas mais pesadas, como edição de vídeo ou grandes imagens, talvez o hardware não seja suficiente. Repetindo, tudo irá depender dos testes de performance que serão realizados quando ele chegar ao mercado. Mas a princípio, parece que o objetivo dele é substituir o MacBook Air e não o Pro.

E você? O que achou do novo MacBook? Deixe aqui seus comentários. ;)

Conteúdo original © Blog do iPhone

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