CarPlay

GM/Chevrolet quer desistir do CarPlay em seus futuros veículos elétricos

Se você gosta de usar o CarPlay (sistema automotivo que se integra nativamente ao iPhone), saiba que é possível que futuramente ele deixe de fazer parte dos carros da Chevrolet (GM).

Segundo a Reuters, os planos da montadora planejam deixar de suportar o sistema a partir dos carros elétricos lançados em 2024.

Há exato um mês, publicamos aqui um artigo similar noticiando que o Grupo Volkswagen (VW, Audi e Porsche) estava pretendendo fazer a mesma coisa: adotar uma solução própria para o sistema automotivo, que não dependesse de dispositivos externos, como celulares.

Agora a GM está seguindo pelo mesmo caminho. O plano é adotar um sistema completamente autônomo, capaz inclusive de instalar aplicativos através de uma loja própria.

E para implementar esse sistema, ela contará com a ajuda do Google, através da plataforma Android Automotive (não confundir com Android Auto, similar ao CarPlay).

Esse Android Automotive toma conta não apenas da parte de entretenimento, mas também de diversas funções nativas do carro, como controle de direção, desempenho do motor, faróis, teto solar, calibragem dos pneus e tudo o que acontece no carro.

Mas tem um detalhe: o CarPlay de segunda geração se propõe exatamente a isso. Então por que não adotá-lo?

Tudo tem a ver com quem fica com o controle do usuário.

Como já dissemos no artigo linkado acima, o que as montadoras querem é ter sob controle o motorista e todos os usuários do carro e apostam na fórmula de assinatura de serviços para faturar de forma constante.

Ora, se o motorista puder conectar seu smartphone e ter acesso aos serviços que já funcionam nele, como que a montadora irá faturar com assinaturas? Então a solução para elas é fechar o sistema para ter mais controle sobre isso.

Com isso, o plano é deixar de suportar tanto o CarPlay quando o atual Android Auto. Nada mais de celular nas funções do carro, regredindo uma década e permitindo apenas receber/realizar chamadas, escutar músicas que estejam no celular e ler mensagens.

O Google parece ser o grande beneficiado com isso, pois será ele quem implementará o sistema nos carros da GM. O Google Maps e Assistant serão integrados ao sistema e ficarão gratuitos nos primeiros 8 anos. Depois disso, ou você troca de carro ou terá que começar a pagar pelo serviço.

Bom, pelo menos este são os planos das montadoras. Se vai dar certo ou não é outra história.

A experiência começará nos novos carros elétricos (Chevy Blazer EV 2024) e teremos que ver o que o consumidor vai achar de tudo isso. Se ele perceber que está perdendo funcionalidades práticas apenas para se tornar uma peça pagante do sistema, as próprias montadoras deverão sentir isso nas vendas.

Será que vai vingar?

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