É sempre bom ter muito cuidado com previsões de analistas.
Na lógica deles, era muito difícil o iPhone fazer sucesso no Japão por não possuir várias características que os nipônicos já estavam acostumados, como TV digital e a simples possibilidade de trocar facilmente de bateria. Pois pelo que parece, a teoria mercadológica nem sempre é a mais eficaz.
Assim como na Coréia do sul e provavelmente no mercado paralelo chinês, o sucesso do iPhone chegou também no Japão, cativando nada mais, nada menos que 3 milhões de usuários, o equivalente a 46,1% do mercado doméstico de smartphones. Para dar ideia da dimensão deste número, em setembro a Apple anunciou que tinha vendido 30 milhões de aparelhos em todo o mundo, ou seja, o Japão possui 10% disso.
Claro que houve um grande esforço tanto da Apple quanto da Softbank em fazer com que o aparelho ganhasse a simpatia dos usuários. Além de vídeos exclusivos e comerciais adaptados à cultura local, a operadora se preocupou em trazer ao aparelho algumas adaptações de funções muito populares, como um receptor de TV digital e a inclusão no sistema dos Emoji, os emoticons japoneses.
Muita gente acha fácil definir o iPhone e apontar sugestões para ele (como quem dá palpite na Seleção de futebol), mas o fato é que ele revolucionou o mercado dos celulares de uma tal maneira que todos estão tendo que reformular seus conceitos. As receitas normais não são aplicadas a ele.
Citando o que um diretor da Microsoft disse esta semana:
Quando a Apple entrou no jogo, há dois anos, ela esqueceu as regras e reinventou o mercado.
Disse tudo. :)