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Novela do protótipo: justiça libera documentos errados e revela toda a história oficial

Para quem achou que a novela do protótipo do iPhone 4 tinha esfriado, mais lenha na fogueira foi colocada hoje com a liberação por engano de documentos que deveriam ainda correr como segredo de justiça. Neles, vários detalhes mirabolantes de toda a história, com traições de companheiras de quarto, tentativas de apagar rastros e descaso do Gizmodo com os pedidos de Steve Jobs.

A corte de San Mateo, nos Estados Unidos, acabou liberando equivocadamente documentos com todo o processo do caso do roubo do protótipo do iPhone de próxima geração.

A cronologia da história

Em 20 de abril, um dia depois que o Gizmodo jogou no ventilador as imagens do dispositivo, advogados e executivos da Apple se apresentaram à polícia para denunciar a perda de um protótipo de um ‘Apple iPhone 4G’. Detalhe importante: os documentos usam bem a denominação 4G para o futuro telefone da Apple.

Segundo o documento, a divulgação das imagens foi altamente prejudicial para a Apple, que viu as vendas dos seus atuais produtos (3G e 3GS) despencarem, devido à espera do consumidor pelo próximo iPhone. A Apple não estimou a sua perda financeira, mas diz que foi enorme.

Steve Jobs em pessoa contatou o dirigente do Gizmodo, Brian Lam, para pedir o dispositivo de volta, mas este se negou a devolver. “Nós não temos nada a perder“, teria dito. Depois, afirmou que só devolveria se recebesse uma carta da Apple oficializando o pedido.

A companheira dedo-duro

Quem revelou a verdadeira identidade da pessoa que encontrou o protótipo no bar, Brian Hogan, teria sido sua companheira de quarto. Na noite que ele chegou em casa com o dispositivo, ele o plugou no computador dela para ver se funcionava e foi aí que tudo foi apagado remotamente pela Apple. Ela pediu para que Brian devolvesse o aparelho para não comprometer o emprego de quem perdeu, mas ele teria respondido: “Que se dane! Ninguém mandou ter perdido!“.

Com medo que a Apple descobrisse o IP de seu computador e a incriminasse pelo roubo, ela mesmo contatou a empresa e contou toda a história. Ironicamente, ela conseguiu de primeira, ao contrário de seu companheiro que alegou ter tentado várias vezes…

Editor do Gizmodo incriminado

O editor Jason Chen está sendo investigado por ter cometido três crimes: comprar ou receber material roubado, divulgar sem autorização fotos e imagens de um segredo comercial e dano de propriedade avaliado em mais de 400$ (ao abrir o protótipo).

 

A seguir, o documento completo (em inglês). Não visível do iPhone OS.

Gizmodo-iPhoneOrder

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