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Epic Games terá que pagar mais de 73 milhões para a Apple por ter perdido na justiça

A longa disputa legal entre a Epic Games e a Apple chegou ao seu desfecho essa semana, quando a Suprema Corte dos Estados Unidos se recusou a ouvir apelações de ambas as partes.

Com o caso concluído, a juíza Yvonne Gonzalez Rogers determinou que a Epic Games deve pagar à Apple a quantia de US$73.404.326 em taxas legais.

Este valor, no entanto, ainda é menor do que o total das taxas legais gastas pela Apple, que inicialmente era de $82.971.401.

A corte agendou uma audiência para o dia 24 de março de 2024, a fim de determinar o valor final das taxas, que poderá incluir montantes adicionais decorrentes do contínuo litígio devido à violação do Acordo de Licença do Programa para Desenvolvedores por parte da Epic Games, quando tentou implementar seu próprio sistema de pagamento em agosto de 2020.

O tiro no pé da Epic

O embroglio todo começou quando a Epic Games resolveu dar uma de espertinha e usar de meios questionáveis para não pagar a porcentagem da Apple na App Store.

Vamos relembrar bem os detalhes do caso.

Tudo começou quando a empresa decidiu deliberadamente fazer algo que desrespeitava um contrato com a Apple que ela mesma tinha assinado: não pode haver um sistema de cobrança no aplicativo que não seja aquele integrado ao iOS.

Independentemente se você é contra ou a favor da Apple não permitir que se instale aplicativos no iPhone por fora da App Store, nem se é justa ou não a comissão de 30% em todas as vendas da loja, o que vamos comentar aqui não se trata disso.

Aqui vamos focar na atitude da Epic e as trapalhadas que ela fez que ocasionaram numa derrota na Justiça.

A Epic resolveu colocar, de um dia para outro, um link no aplicativo do Fortnite, vendendo ítens do jogo através da loja da Epic. Isso, claro, fez a Apple retirar o app da loja até que essa irregularidade fosse retirada.

São centenas de milhares de desenvolvedores que estão dentro dessas regras, por que a Epic seria diferente?

Mas tarde descobriu-se que tudo não passava de uma planejada campanha de marketing, para desmoralizar a Apple.

No mesmo dia que o app saiu do ar, a Epic já tinha pronto um vídeo e todo um discurso contra a “tirania da maçã“.

A campanha era extensa. Inclusive com e-mails sendo enviados para quem tinha conta no jogo, contando somente o seu lado da história, como se ela fosse a pobre vítima injustiçada:

A Epic usou um argumento que poderia ser válido (a obrigatoriedade de só vender pela plataforma da Apple) para

Por mais que a Epic tenha tentado intensamente querer passar a imagens de boazinha, a Justiça não caiu na lábia dela e julgou simplesmente o fato dela ter rompido um contrato comercial que ela assinou com a Apple, além de difamar intencionalmente o nome da empresa liberada por Tim Cook.

O caso finalmente chegou ao fim nesta semana, quando a Corte Suprema se recusou a analisar qualquer outro recurso do caso. Com isso, as taxas advocatícias foram definidas, e a perdedora terá que bancar os prejuízos.

Não foi por falta de aviso.

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