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Já existem 345 mil iPhones oficiais no Brasil e o ritmo aumenta, segundo Gartner

Como previsto, o Instituto Gartner divulgou esta semana sua estimativa de vendas oficiais de iPhone no Brasil. ‘Vendas oficiais’ entende-se aquelas realizadas pelas operadoras autorizadas pela Apple. O estudo não considera os aparelhos originados de outros países e revendidos aqui. A estimativa é feita em cima de informações que o instituto recolhe de fornecedores e clientes, pois nenhuma operadora brasileira divulga seus resultados de vendas.

As operadoras venderam, em 2009, cerca de 322,4 mil aparelhos no Brasil. No trimestre, foram 94 mil unidades, que comparados com o mesmo período de 2008, obtiveram um crescimento de impressionantes 526%. Em relação ao trimestre precedente, o aumento foi de 22%.

Em relação à participação de mercado de celulares, a Apple se manteve estável, enquanto outras gigantes apresentaram perdas. A Motorola perdeu 10,5 pontos percentuais e a Nokia 1,7. O mercado em geral teve uma queda de 5%, enquanto a Apple continuou com a mesma participação do ano passado (0,7%).

Além do preço alto, o crescimento da Apple em nosso país foi claramente freado, mais uma vez, pela limitação dos estoques nas operadoras. Ainda em dezembro (época de aumento de vendas), vários interessados não conseguiam encontrar o aparelho nas lojas. Em capitais mais periféricas, como Campo Grande, ainda hoje é quase impossível encontrar exemplares a venda. Quando chega algum lote, eles são leiloados: quem pagar mais, leva (e isso com as operadoras oficiais!).

Há também inúmeros casos de clientes que foram à loja comprar um iPhone e ouviram do vendedor frases como: “Ah, compra essa outra marca aqui que é bem melhor”. Em muitas lojas oficiais, a falta de vontade de vender o celular da Apple é gritante.

Nesta nossa economia peculiar, acredita-se que o número de aparelhos não oficiais seja muito maior. Apesar de não existir nenhum dado concreto, estima-se que o número total de aparelhos em circulação no país (somando os oficiais e os comprados no exterior, modelo Classic incluso) seja bem maior que os números oficiais.

A diferença entre o número de aparelhos não oficiais e oficiais é o equivalente a oportunidade que as operadoras estão perdendo, por não possuírem uma política inteligente de venda do iPhone no Brasil.

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