A Siri foi a primeira assistente inteligente para o grande público a ser oferecida em um smartphone. Quando foi apresentada (na véspera do falecimento de Jobs), impressionou por sua capacidade de entender o que o usuário dizia e de responder de acordo com o contexto, não simplesmente por frases prontas.
Foi lindo. O problema é que ela parou no tempo e hoje, depois de 5 anos de seu lançamento, recebeu poucas mudanças significativas em sua estrutura. Os aplicativos continuam não podendo usá-la, e seu campo de atuação é ainda bem limitado. Isso tudo ficou bastante evidente nas últimas semanas com a apresentação da VIV, a irmã mais nova elaborada pelos mesmos criadores originais.
Os concorrentes rapidamente alcançaram a Siri e até a ultrapassaram. A Amazon criou um aparelho doméstico chamado Echo, que permite interagir com outros dispositivos conectados na casa e assim colocar em prática o plano do HomeKit que a Apple sonha ainda em implementar de modo completo. Houve um tempo em que até se cogitava que a nova Apple TV assumiria o papel deste hub, mas não aconteceu e a Amazon foi lá e fez.
Em tempo: eu continuo achando pouco prático um aparelho fixo na sala, ou na cozinha, para fazer a mesma coisa que a Siri faz tendo a vantagem que o iPhone está sempre comigo. Deve ser frustrante eu estar no quarto e não poder dar nenhum comando de voz porque o Echo está em outro cômodo da casa.
Mas a questão é que a Alexa (o nome da assistente vocal da Amazon) e o Google Assistant funcionam em um sistema em que os aplicativos não possuem tantas limitações de segurança e podem interagir entre si, coisa que o iOS não permite (isso, claro, tem seu lado ruim e seu lado bom).
Agora, comentários de bastidores estariam afirmando que a maçã planeja apresentar na WWDC (no dia 13 de junho) um kit de desenvolvimento para que desenvolvedores possam criar novas coisas para a Siri. Seria a primeira vez que a Apple tornaria a assistente vocal aberta para outros poderem usá-la melhor, facilitando a integração entre sistema e aplicativos. Por exemplo, poderia-se usar somente a voz para um app de restaurante pedir uma pizza, pagar e entregar, sem nem precisar tocar no iPhone. Outro exemplo, pedir com a voz que a Siri abra o app do Facebook e poste a última selfie tirada com o iPhone. As possibilidades são ilimitadas.
Mas para isso, este rumor precisa ser verdade. Enquanto a Apple não permitir que se use a Siri em aplicativos de terceiros, ela continuará limitada, sem possibilitar fazer muita coisa além do que a maçã determina.
via The Information
