Muitos ficaram felizes ontem com o lançamento do limera1n, ferramenta de geohot que traz o jailbreak para aparelhos de terceira e quarta geração. Mas, por trás de tudo isso, parte da comunidade de hackers (que ficou meses estudando uma maneira de penetrar nos novos dispositivos e que planejava lançar hoje o greenpois0n) ficou bastante chateada com o ato inusitado do jovem George Hotz.
Na sexta-feira, sem ninguém ter previsto, geohot divulgou uma foto onde aparecia o limera1n em ação. O furor foi enorme, pois no dia anterior o Chronic Dev tinha justamente anunciado a data de lançamento de sua nova ferramenta. Pelo twitter, várias discussões aconteceram, pelo fato de ninguém entender o porquê de lançar ao mesmo tempo duas soluções com exploits diferentes, permitindo que a Apple pudesse matar com uma atualização só as duas ferramentas.
Para piorar as coisas, ele acabou lançando no sábado, antes do Chronic Dev, “furando o olho” de todos os outros. Estes, para não exporem para a Apple a brecha usada pelo SHAtter, resolveram adiar o lançamento e reconstruir o greenpois0n com o mesmo exploit do limera1n.
Teria sido mais um ataque de EGO de geohot? (egohot?)
Segundo afirmam alguns, foi uma jogada estratégica. Segundo Hotz, a Apple já tem conhecimento do exploit SHAtter, pois a falha já foi corrigida no atual iBoot. Como o iBoot e o bootROM possuem o mesmo código, isso significa que a Apple já está preparando para breve uma mudança no hardware que impedirá o uso do SHAtter e do limera1n. Tradicionalmente a Maçã costuma mudar o hardware entre outubro/novembro.
Economizando o SHAtter agora, ainda pode-se encontrar outras possibilidades de fazê-lo funcionar ao nível do bootROM, coisa que com o limera1n já faz e deverá agora ser corrigido pela Apple. Por isso a estratégia de lançá-lo antes.
Surpreendendo a todos, geohot acabou conseguindo o que queria: fazer com que o greenpois0n usasse o exploit do limera1n, dando mais tempo para se investir no desenvolvimento do SHAtter.
Que novela, hein? :P