É uma prática normal no mercado (inclusive no Brasil) que uma loja que funcione como âncora de um centro comercial (ou seja, que seja tão importante que leve muitas pessoas para lá) tenha algumas prerrogativas especiais.
A Apple aproveitou-se disso em sua primeira loja na Índia e exigiu que cerca de 20 marcas consideradas concorrentes não possam ter estabelecimentos ou cartazes publicitários próximos ao local.
Segundo o The Economic Times, na lista estão Amazon, Facebook, Google, LG, Microsoft, Sony, Twitter, Bose, Dell, Devialet, Foxconn, Garmin, Hitachi, HP, HTC, IBM, Intel, Lenovo, Nest, Panasonic e Toshiba.
Todas estas não poderão ter representações próximas à Apple Store, de acordo com o contrato negociado com o centro comercial.
E isso não acontece somente nas lojas. Em outra cidade, Bangalore, onde a empresa pretende montar escritórios, a Apple também negociou a proibição de aluguel de escritórios vizinhos para Netflix, Spotify, Huawei, Xiaomi, Tencent, Baidu, Samsung, Microsoft, Amazon, Facebook e Alphabet.
Na loja de Mumbai, a Apple alugou uma área de cerca de 2.000 m2. O arrendamento tem uma duração de 11 anos, com renda mensal equivalente a cerca de 250.000 reais, que aumentará 15% a cada 3 anos. A isto serão adicionados 2% do volume de negócios durante 3 anos e depois esta quota será aumentada para 2,5%.
Quem não gostaria de ter direito de receber 2% do volume de negócios da Apple? 🤑
Apenas 48h após inaugurar esta loja em Mumbai no dia 18 de abril, uma outra loja na Índia será inaugurada, na cidade de Delhi, a segunda maior da Índia e a oitava mais populosa do mundo.
