Como a Apple parece não se preocupar com os aplicativos crackeados, os desenvolvolvedores dão o seu jeitinho.
O site TUAW acaba de publicar um artigo muito interessante sobre Ben Chatelain e seu aplicativo Full Screen Web Browser, um navegador para o iPhone/iPod touch que mostra as páginas de internet em tela cheia, sem menus. Ben conseguiu uma maneira de impedir que pessoas usem sua obra sem pagar.
Seu aplicativo é capaz de identificar se está rodando uma cópia crackeada ou não. Quando isso acontece, o próprio envia para o servidor do desenvolvedor o número do UUID (identificação única que possui cada iPhone ou iPod touch). Após 10 dias usando a versão crackeada, aparece no programa uma janelinha comunicando que o “tempo de testes” acabou, com opção de fechar o programa ou comprar uma cópia legal na App Store.
Esse tipo de proteção derruba por terra a famosa desculpa que muitos usam para usar aplicativos crackeados: “eu uso a versão pirata para testar antes de comprar“. Neste caso, eles podem testar e depois só continuarem usando se realmente comprarem.
Segundo Michael Rose, autor do texto publicado no TUAW, este método de enviar a identificação do aparelho para o servidor pode ser uma boa alternativa ao processo do RipDev (o Kali Anti-Piracy), que é trabalhoso e tem seus custos. Eu mesmo me perguntei se enviar os dados do usuário é legal na rígida legislação americana de proteção à privacidade (já houve aplicativo expulso na App Store por isso), mas o desenvolvedor garante que este envio de informações só acontece com as versões crackeadas mesmo.
Ben ainda declarou que, segundo as informações do seu servidor, 10% dos usuários do seu programa usam cópias piratas, o que é um número relativamente baixo comparado a alguns jogos mais famosos, que segundo se cogita pode chegar à média de 50%.