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Clubhouse é uma rede social exclusiva para iPhone e só com convite

Nos últimos dias muito tem se falado sobre uma nova rede social que tem empolgado os brasileiros, chamada de Clubhouse. Mas o que é o Clubhouse afinal? Como funciona?

Aliás, o aplicativo usa de recursos de marketing muito parecidos com vários outros de uma década atrás, que tenta criar um hype permitindo apenas a entrada mediante convite. O Orkut cresceu no início usando esta tática.

Além disso, inicialmente há versão apenas para iPhone, deixando os usuários de outros sistemas à espera. O Instagram fez isso no seu início, o que o tornou cobiçado quando ganhou versão para Android.

Talvez por causa esses artifícios de marketing, pessoas estão sendo hipnotizadas e convencidas de que elas PRECISAM participar o quanto antes dessa nova rede social, para não perderem o bonde das tendências.

Como nós aqui do BDI somos vacinados há tempos contra hypes momentâneos, vamos tentar analisar com frieza e objetividade as características deste novo aplicativo, tentando separar o que realmente ele traz de bom do que apenas é marketing.

O que é o Clubhouse

O Clubhouse é um aplicativo para iOS que existe desde abril de 2020, apesar de só estar sendo conhecido pela massa agora.

Seu uso explodiu na última semana graças a algumas celebridades, como Oprah Winfrey e Elon Musk, que começaram a fazer parte e participar. No Brasil, figuras como Annita, Rafinha Bastos e Luciano Huck também ajudaram na popularização.

O app não tem texto e se baseia em salas de conversas ao vivo, por áudio.

Imagine que você está em um grande congresso, em um edifício com diversas salas diferentes, cada uma comentando sobre um assunto específico. Você então pode escolher a sala que quer entrar e ouvir o que os “palestrantes” estão discutindo. Esse poderia ser um resumo do objetivo do Clubhouse.

Qualquer participante pode criar uma sala, sobre o assunto que quiser. Mas se o assunto não for atrativo, é provável que a pessoa fique sozinha conversando com ela mesma. Então o mais comum é procurar por salas mais estruturadas, sobre assuntos interessantes.

Dentro da sala, você também poderá “levantar a mão” para falar também. Se o moderador permitir, você poderá fazer alguma pergunta ou expor sua opinião.

As conversas não são gravadas, e se você não estava na sala, não terá como saber o que foi dito. Como em uma palestra em que ninguém está filmando para rever depois.

O que é Clubhouse

Cada usuário pode convidar duas outras pessoas, e conforme ele for participando das salas e discussões, vai ganhando mais convites com o tempo. Neste momento, apenas quem tem convite pode se cadastrar no Clubhouse.

E já tem gente vendendo convites por aí por preços a partir de R$150…

O Clubhouse vai vingar?

O formato realmente é diferente do que estamos acostumados.

A fórmula de oferecer salas de áudio onde as pessoas não ficam simplesmente conversando entre si (como em uma ligação telefônica), mas sim falando como se estivessem compartilhando conhecimento, acaba atraindo curiosos e pessoas interessadas em aprender sobre determinados assuntos.

Por exemplo, nesta semana tiveram várias salas debatendo marketing digital, redes sociais e assuntos da sociedade, como a cultura do cancelamento. A oportunidade de participar de uma experiência como se fosse uma palestra, sem precisar sair de casa ou de onde se está. Para muitos, uma oportunidade de adquirir conhecimento com grandes figuras da área.

Algumas empresas já estão começando a ver a ferramenta como uma plataforma de debates. A Audi, por exemplo, já promoveu uma sala com proprietários, executivos e convidados para discutir sobre “A Era dos Carros Elétricos”.

Porém, é tudo muito novo. As pessoas estão descobrindo esta ferramenta agora e é difícil saber se ela irá realmente se consolidar ou se muitos abandonarão depois da “modinha” passar.

As possibilidades são enormes e só o tempo dirá se os usuários conseguirão transformar em algo realmente produtivo e interessante.

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