Especialista encontra brecha de segurança no WhatsApp e no iMessage
Em estudo apresentado na semana passada, o pesquisador e cientista forense Jonathan Zdziarski, afirma que WhatsApp e iMessage mantêm registros de todas as conversas do usuário, inclusive as que foram deletadas. Dessa maneira, ambos podem fornecer informações pessoais dos usuários que as plataformas afirmam não ter acesso.
“A versão mais recente do WhatsApp deixa registros forenses de todos os bate-papos, mesmo depois de excluídos, arquivados ou quando utilizado o recurso Limpar todas as conversas. Na verdade, a única maneira de se livrar deles parece ser excluindo o aplicativo por completo“, comenta o profissional. Vale lembrar que o Facebook, dono do aplicativo, afirma não ter acesso aos dados dos usuários.
No iMessage, o problema é similar, mas há um agravante. “O iMessage da Apple tem esse problema e é muito ruim, se não for pior. Seu SMS.db é armazenado em um backup do iCloud, mas também no iPad, no desktop e em outros lugares onde o iMessage é utilizado. Esse também é o destino do conteúdo excluído“. Isso quer dizer que o registro das conversas estão em todas as plataformas onde o usuário acessa o serviço de mensagens da Apple. Vale destacar que os backups do iCloud são encriptados, mas não de ponta a ponta, o que permitiria à Apple acessar essas informações remotamente.
A notícia pode indicar que conversas excluídas poderão ser recuperadas em casos de ações judiciais – o que poderia evitar casos extremos, como o bloqueio do WhatsApp no Brasil. Nos Estados Unidos, houve recentemente uma queda de braço entre a Apple e o governo americano, que acusava a empresa de contribuir com criminosos ao proteger dados dos usuários de seus dispositivos.
Claro que isso não significa que você deva parar de usar o WhatsApp ou o iMessage, a não ser que você troque mensagens tão confidenciais que complicariam a sua vida caso fossem descobertas pelas autoridades. Vale lembrar que só é possível visualizar as mensagens com o acesso físico do aparelho, sem senha. Portanto, escolha uma password forte para o seu aparelho e, em caso de paranoia extrema, desligue a sincronização com o iCloud.
via The Verge