
Você acha pouco os 5 GB que a Apple dá no plano gratuito do iCloud, não é? Pois é, eu também. Mas pelo jeito isso não mudará tão cedo.
Essa semana a Apple saiu vitoriosa em um processo judicial nos Estados Unidos que questionava o limite de 5 GB no plano gratuito do iCloud.
Depois de uma decisão inicial em 2022 a favor da empresa, a corte de apelação confirmou o julgamento, encerrando uma disputa que levantou polêmicas sobre as práticas da gigante de tecnologia.
O que motivou o processo?
Desde que o iCloud foi lançado, em 2011, a Apple oferece 5 GB de armazenamento gratuito.
Embora esse espaço tenha sido suficiente na época, atualmente, com fotos em alta resolução, backups automáticos e outros dados pesados, esse limite é alvo de constantes reclamações dos usuários.
O processo coletivo acusava a Apple de empurrar os consumidores para planos pagos de forma desonesta.
A queixa dizia que, ao enviar e-mails sugerindo que os usuários poderiam reduzir o uso de armazenamento para se manter dentro dos 5 GB, a empresa estaria criando falsas expectativas.
De acordo com os reclamantes, reduzir o consumo para esse limite seria algo “praticamente impossível”, o que deixava os clientes sem opção além de pagar por mais espaço.
O tribunal, no entanto, não viu nada de errado na abordagem da Apple.

A decisão da justiça
Os juízes concluíram que a empresa nunca prometeu que seria simples reduzir o uso para permanecer no plano gratuito.
Além disso, o tribunal apontou que os autores do processo não conseguiram provar que seria impossível manter-se abaixo dos 5 GB.
Outro ponto importante destacado pela corte foi o fato de que os reclamantes tiveram três chances para reformular a queixa e apresentar argumentos mais fortes, mas não aproveitaram essas oportunidades.
Com isso, a decisão foi mantida a favor da Apple.
É difícil ignorar o fato de que 5 GB não atendem mais às necessidades de muitos usuários. Em 2011, o iPhone de maior capacidade tinha 16 GB. Hoje, os novos não são vendidos com menos de 128 GB.
Quem já tentou gerenciar o espaço no iCloud sabe o quão rápido ele acaba, principalmente com o backup de fotos, vídeos e apps.
Novas batalhas à vista
Mesmo com essa vitória, a Apple ainda enfrenta outro processo relacionado ao iCloud.
Desta vez, a ação é liderada pelo escritório Hagens Berman, conhecido por ter conseguido um acordo bilionário contra a Apple em um caso envolvendo os preços do Apple Books.
O novo processo acusa a empresa de práticas anticompetitivas e de forçar os consumidores a migrar para planos pagos de armazenamento.
Será que com advogados melhores, a causa emplaca?
Dificilmente haverá outro resultado. Existem serviços como o Dropbox que oferecem 2 GB gratuitos, e nunca ninguém reclamou ou chegou a processar. É como a história do iPhone vir sem o carregador ou adaptador na caixa, que acabou não dando certo porque vários outros concorrentes também não estão fornecendo o acessório e não estão sendo processados. Fica difícil para o juiz decidir a favor em uma ação contra uma única empresa enquanto várias outras fazem o mesmo. Pode até haver um resultado inicial, mas será derrubado por outra instância que levará isso em consideração.
Ainda sim é uma vergonha dos 2 serviços oferecerem isso. O Google Drive oferece 15GB gratuito.
Já o Mega oferece 50GB de espaço desde o início. Pra época, em meados de 2013, esse espaço foi surpreendente grande e até hoje nenhum outro serviço oferece essa comodidade.
O espaço do iCloud ainda é um dos resquícios da era Jobs que espero que o próximo CEO elimine logo, o fim do cabo Lightining (por imposição da União Europeia) já foi um avanço.
Curioso.
A galera acha normal pagar U$ 800,00 num iPhone de entrada, mas acha ruim para U$ 0,99/mês por mais espaço.
No meu entendimento, nem deveria ter espaço gratuito. Quer backup? Pague!
Eu acho o iPhone caríssimo e super-ultra-faturado. (
um assalto)Mas cada coisa no seu quadrado, os serviços da Apple são excelentes, tem preço bastante razoável e dentro da média da concorrência. Bobagem de gente querendo aparecer…