Muitos estavam esperando ansiosamente a chegada do Apple Pay no Brasil ainda em 2016, mas isso pode demorar ainda mais para acontecer. Segundo algumas informações que chegaram aos nossos ouvidos, os bancos brasileiros não estão facilitando muito a implementação do sistema de pagamentos sem fio da maçã em nosso país.
O Apple Pay, como muitos de vocês já sabem, é um sistema de pagamentos próprio da empresa de Cupertino, que permite que você pague contas em bares, restaurantes e lojas apenas com o iPhone, usando a autenticação da impressão digital do usuário. Tim Cook o apresentou em setembro de 2014 e sua expansão para outros países está bem lenta desde então.
No começo deste ano, o site norte-americano MacRumors chegou a divulgar uma informação de que a MasterCard tinha planos de começar a trabalhar no Brasil com o Apple Pay no segundo semestre de 2016. Até mesmo o cartão Nubank (parceiro da MasterCard) acabou soltando nas redes sociais de que seria um dos primeiros a trazer este benefício para seus clientes. Porém, 2016 está acabando e nada do sistema de pagamentos ficar disponível por aqui.
É claro que há vários motivos, mas segundo algumas informações que acabamos escutando recentemente, a Apple continua tentando trazer o Pay para o Brasil, mas está enfrentando uma grande resistência dos bancos brasileiros, que ainda não estão concordando com as taxas cobradas pelo serviço, impostas pela maçã. As negociações estão sendo longas e exaustivas, e não parece que se encerrarão tão brevemente.
O impasse não é novo e já aconteceu em outros países, como a Austrália. A Apple cobra dos bancos uma pequena taxa (0,15%) por transação realizada pelo usuário, coisa de centavos. É uma forma de recuperar o investimento na criação da tecnologia presente no Touch ID e no complexo sistema de segurança realizado na transação. Porém, os bancos estão achando este percentual alto demais, pois não estão acostumados com o fato de empresas de tecnologia se intrometerem em seus negócios de ganhar dinheiro. Independente se o processo será mais fácil e agradável de usar para o usuário.
É claro que isso nos deixa bastante tristes, principalmente em saber que ainda não temos o direito de usar o Apple Pay por causa de uma disputa entre quem ganhará mais. É óbvio que o negócio dos bancos é o lucro e eles sempre farão de tudo para mantê-los sempre altos. Ao mesmo tempo, a Apple não está nesse jogo para fazer caridade e também busca implementar um modelo econômico que lhe garanta ganhos significantes. Entre este impasse, ficamos nós, usuários, loucos para usar os benefícios das novas tecnologias, mas tendo que esperar que os cartolas decidam o que fazer.
É uma pena também que a Apple tenha decidido ganhar dinheiro com seu sistema de pagamentos, exigindo ficar com uma porcentagem. Se ela tivesse implementado a tecnologia apenas para o benefício dos usuários, isso poderia ser um diferencial que faria talvez vender mais iPhones, pois o Apple Pay poderia ser implementado mais rapidamente em vários países. Ela ganharia da mesma forma e não teria dado tempo para outros concorrentes implementarem suas soluções, como o Android Pay e o Samsung Pay.
Portanto, nossas esperanças de pagarmos as contas com nossos iPhones mais uma vez foram adiadas, e teremos agora que torcer para que chegue em 2017.