As equipes de marketing dos bancos brasileiros usam erroneamente a nomenclatura “carteira digital” para denominar sistemas de pagamento como Apple Pay, Google Pay e Samsung Pay. É errôneo porque eles são apenas formas de registrar um cartão digitalmente no celular e usá-los para pagamentos por aproximação. Não podem receber pagamentos e nem guardar valores, como uma real carteira.
No mercado, atualmente existem aplicativos que funcionam, aí sim, como carteiras digitais, em que você pode guardar um valor em dinheiro para realizar pagamentos ou transferir para alguém. É o caso do PicPay, MercadoPago e até o RecargaPay. E este tipo de ferramenta está crescendo cada vez mais, fazendo os bancos tradicionais acenderem a luz amarela para o futuro dos pagamentos.
Indo nesta direção, o banco Itaú anunciou nesta segunda (13) a sua investida neste segmento, disponibilizando um aplicativo que funcionará como carteira digital para pagamentos, sem a necessidade de possuir uma conta em banco.
O novo aplicativo se chamará iti (assim mesmo, com o i minúsculo), e permitirá pagamentos por QR Code sem necessidade de uso de maquininha de cartão. A novidade é voltada tanto para pessoas físicas quando pequenos empresários (MEI, EI ou EIRELI).
O princípio é o mesmo dos aplicativos deste tipo: será possível enviar pagamentos para alguém da sua lista de contatos, ou então usar um QR Code da pessoa ou estabelecimento. Vale lembrar que até o Banco Inter já permite este tipo de pagamento por QR Code. Enquanto isso, o C6 Bank lançou o C6 Kick, que é uma forma de enviar dinheiro por SMS.
Pessoas físicas poderão enviar ou receber dinheiro sem taxas, através do cartão de crédito ou saldo na conta digital. Já pessoas jurídicas pagarão taxa de 1% por transação, o que é considerada baixa, visto que o PicPay cobra 1,99% para profissionais do plano Pro.
O Itaú promete liberar o aplicativo no terceiro trimestre.
