Compradores do Vision Pro relatam frustração e arrependimento após um ano de uso
Expectativas altas, uso real limitado: headset da Apple enfrenta críticas por desconforto, poucos apps e falta de utilidade no dia a dia.
Quando a Apple lançou o Vision Pro, no início de 2024, a expectativa era enorme. Apresentado como o “computador espacial” do futuro, ele prometia mudar a forma como interagimos com o mundo digital.
Mas um ano depois, muitos dos primeiros compradores estão contando uma história bem diferente.
Segundo uma reportagem do The Wall Street Journal, o entusiasmo inicial deu lugar à frustração.
Entre os principais motivos estão o desconforto ao usar o dispositivo, a falta de aplicativos úteis e o constrangimento de usá-lo em público.

Muito pesado para usar por muito tempo
Um dos pontos mais citados por quem comprou o Vision Pro é o peso.
Mesmo sendo um produto de ponta, o headset pesa entre 600 e 650 gramas, o que parece pouco no papel — mas na prática, acaba sendo cansativo de usar por muito tempo.
“Está só juntando poeira. Acho que usei umas quatro vezes no último ano.
É pesado demais. Não consigo usar por mais de 20 ou 30 minutos sem começar a doer o pescoço.”

Falta de aplicativos ainda limita o uso
Muita gente também se decepcionou com o ecossistema de apps.
A ideia de trabalhar, assistir filmes ou até navegar pela internet de forma imersiva parecia ótima — mas, na prática, há poucos aplicativos realmente otimizados para o visionOS.
“Depois de 60 minutos, não dá, você simplesmente tem que tirar. Eu não recomendaria a compra para ninguém, a menos que você seja muito rico e não saiba o que fazer com o seu dinheiro.”

Usar em público? Nem pensar
Outro ponto curioso é como as pessoas reagem quando alguém aparece com o Vision Pro em ambientes públicos.
O design chamativo, parecido com óculos de esqui, chama atenção — nem sempre da melhor forma.
Alguns usuários disseram ter recebido olhares estranhos em aviões, restaurantes e até no trabalho.
Um deles contou que, durante um voo, foi ignorado por uma comissária de bordo, como se estivesse usando uma máscara de dormir.
“A melhor reação que tive foi alguém rindo e dizendo que eu parecia estar com óculos de esqui no escritório.”
Arrependimento e desvalorização
Com o uso cada vez mais raro, alguns donos do Vision Pro tentaram vender o aparelho — e se surpreenderam (negativamente) com o quanto ele desvalorizou.
Teve gente que perdeu quase metade do valor pago.

Ainda assim, há quem não se arrependa totalmente.
Um criador de conteúdo israelense contou que usou o Vision Pro para assistir shows e filmes em 3D, e ficou impressionado com a experiência.
Mas até ele admite que o aparelho está sendo usado bem menos do que imaginava.
E agora?
A Apple estaria trabalhando em uma nova versão do Vision Pro, com melhorias internas, mas poucas mudanças no design.
A ideia seria reaproveitar peças da primeira geração e lançar um modelo mais enxuto entre o fim de 2025 e o começo de 2026.
O fato é: Tim Cook apostou alto nesse dispositivo, achando que seria o seu grande legado na Apple. Mas até agora, por razões que já cansamos de levantar aqui no BDI, ainda falta mostrar a que veio.
Vai conseguir? É isso que esperamos para ver.
Você compraria o Vision Pro hoje?
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Não é preciso ser muito inteligente pra perceber que o vision pro é um peso de papel mas é preciso ser muito burro pra achar que seria algo revolucionário.
Experiência própria, a primeira geração é para entusiastas e dev… comprei a primeira geração do Apple watch na semana do lançamento e foi a pior coisa que fiz. Agora é outra história.
Eu não compraria.
Arquitetos usam realidade virtual para mostrar seus projetos para os clientes, essa seria a única utilidade do Apple Vision Pro para mim, no entanto, ele não é compatível com os sites/softwares de passeio virtual que conheço.
Além do mais, acho um desperdício enorme de dinheiro, já que não faria um uso frequente e nem útil desse óculos.