Em uma nova análise realizada pelo Bank of America, foi revelado que a Apple tem planos de transferir pelo menos 18% da fabricação global de iPhones para a Índia até 2025. Essa mudança estratégica é baseada em metas estabelecidas pelos próprios fabricantes da Apple, incluindo gigantes como Foxconn, Pegatron e Wistron.
A abertura da primeira loja física da Apple na Índia em abril deste ano faz parte dos esforços da empresa para impulsionar a demanda doméstica no país e aumentar sua presença no mercado indiano.
Atualmente, a Índia contribui com cerca de 3,6% das vendas globais de iPhones da Apple.
No entanto, de acordo com o relatório do Bank of America, essa porcentagem pode subir para 5% até o ano de 2025 com o aumento da produção local.
A Índia tem se mostrado um destino atrativo para a fabricação de dispositivos móveis, e as políticas governamentais direcionadas têm capitalizado essa oportunidade.
Nos últimos dois anos, as exportações de iPhones produzidos na Índia aumentaram significativamente, alcançando a marca de 400 bilhões de rúpias indianas (cerca de US$ 5 bilhões) em 2023, em comparação com 110 bilhões de rúpias indianas em 2022.
A tendência de crescimento nas exportações tem sido tão expressiva que, desde fevereiro de 2023, já atingiu um ritmo de US$ 1 bilhão em exportações mensais.
Além disso, a Apple e a Samsung juntas são responsáveis por 80% das exportações de dispositivos móveis da Índia, o que demonstra o potencial desse mercado emergente e o crescimento da indústria local.
Com o lançamento do iPhone 15 previsto para setembro deste ano, a Apple busca garantir que a produção ocorra de maneira fluida e eficiente.
O iPhone 15 promete trazer inovações, como a introdução do Dynamic Island em toda a linha de iPhones, juntamente com o lançamento do iOS 17.
Rumores também apontam para a inclusão de uma lente periscópica nos modelos Pro, o que proporcionará melhorias significativas na qualidade fotográfica.
Essa mudança estratégica da Apple em direção à Índia evidencia a confiança crescente no potencial de fabricação do país, bem como a busca por diversificar a produção fora da China.
Com uma parceria sólida com os fabricantes locais e um mercado em expansão, a Índia se posiciona como um importante destino para a Apple e outras empresas de tecnologia em busca de crescimento e oportunidades em um dos maiores mercados de smartphones do mundo.
E o Brasil?
Agora fica a pergunta: por que o Brasil não se tornou essa alternativa viável para a fabricação mundial de iPhones? Hoje, nossa fábrica de Jundiaí se limita apenas para o mercado interno. Qual a razão de termos perdido para a Índia?
