iOS 12.2 não permitirá mais que se ative o ECG em países que não disponibilizem a função
Uma das grandes novidades do Apple Watch 4 foi sua capacidade de realizar um eletrocardiograma (ECG) do usuário, apenas pelo relógio.
Porém, este recurso necessita de autorização das agências sanitárias de cada país (no Brasil quem trata disso é a ANVISA), que costumam ser burocráticas em aprovar este tipo de equipamento.
Por isso mesmo, por enquanto apenas os modelos vendidos nos Estados Unidos é que oferecem o recurso.
Até então, se você mora em um país não autorizado (como o Brasil), mas compra o modelo americano, pode usar sem limitações a funcionalidade, que até já está traduzida para o português.
Mas a Apple vai acabar com isso. No iOS 12.2, o sistema irá identificar a geolocalização do usuário e bloquear a ativação do ECG para quem não estiver fisicamente nos EUA.
Não, a Apple não está fazendo isso porque é má.
Oficialmente o uso deste tipo de equipamento é proibido por lei quando não aprovado pela agência sanitária do país.
O fato de funcionar fora dos Estados Unidos apenas comprando o relógio lá é uma anomalia que na teoria não deveria estar acontecendo.
E a Apple pode ser processada por isso caso algum país não goste deste comportamento.
Por isso, limitar o uso por geolocalização é uma maneira da Apple se proteger contra processos judiciais e até mesmo proibição das vendas do seu relógio em regiões específicas. Infelizmente é assim que o mundo geopolítico funciona, amigos.
Esta identificação é feita durante a primeira ativação do ECG no app Saúde. Isto significa que, se você já tiver o ECG ativo e apenas atualizar o sistema (sem restaurá-lo do zero), poderá continuar usando.
Mesmo assim, se você precisar restaurar o aparelho ou trocar de relógio, terá que passar por este processo e, se não estiver nos EUA, não poderá mais usar a função até ser liberada no seu país.
Portanto, fica aí o alerta para quem está usando atualmente o eletrocardiograma com o modelo americano. A solução temporária é não atualizar para o iOS 12.2, ou aguardar que a ANVISA libere a função em nosso país.