O lançamento do iPad 2 no Brasil está chegando e com ele, a dúvida de muitos: comprar ou não comprar? Para quem tem o de primeira geração, vale a pena comprar o novo? As novidades fazem realmente diferença? Tudo isso e muito mais é o que tentaremos responder neste artigo.
Diferenças entre gerações
As novidades e diferenças entre a primeira e segunda geração já foram listadas aqui e quase todo mundo já sabe: fininho, levinho mais fino, mais leve e com maior velocidade, graças ao processador dual-core (dois núcleos); porém, na prática, estas características não são muito percebidas de imediato. Sim, ele é bem mais fino, mas em um primeiro momento a diferença de peso no uso não é tão significante.
O aumento de velocidade também não é tão perceptível assim, de cara, até porque ainda não há muitos aplicativos que tiram proveito do processador duplo (situação que pode mudar bastante em 6 meses). Porém, ontem passei um dia inteiro mexendo apenas no iPad 1 e, quando voltei para o 2, vi que o sistema é mais fluído mesmo. Resumindo, o ganho de velocidade do novo iPad não se percebe de imediato ao segurá-lo pela primeira vez, mas fica mais evidente no uso do dia-a-dia.
Ele é 33% mais fino que seu irmão mais velho, o que faz diferença principalmente na hora de colocar na sacola, na mochila ou na bolsa. Os novos alto-falantes são mais potentes e apresentam um som mais claro e nítido. Porém, com o novo design, ele fica praticamente atrás do aparelho, o que nos faz ter que usar as mãos (em forma de concha) para fazer acústica quando precisamos ouvir melhor alguma coisa.
Uma característica exclusiva é que somente com o iPad 2 é possível fazer o espelhamento de tela em um monitor ou televisor, graças ao adaptador HDMI ou o já conhecido VGA. Ou seja, o que aparece na tela do iPad também pode ser visualizado em uma TV HD ou em um monitor, inclusive a tela dos aplicativos. O mesmo cabo é compatível com o iPad 1 e o iPhone 4, mas apenas para produzir mídia do iPod ou apresentação de fotos, sem o espelhamento em tempo real.
Novidades do iPad 2
Como novidades, as câmeras traseira e frontal são provavelmente as mais visíveis do novo iPad. Com a primeira, é possível tirar fotos com qualidade razoável (veja a qualidade delas neste outro artigo), sendo bem inferior daquelas feitas com o iPhone 4.
Com a frontal, finalmente já se pode realizar chamadas FaceTime com a telona do tablet, coisa que era muito esperada desde antes do lançamento do iPad 1. A qualidade da imagem não é, obviamente, a mesma que a da tela Retina do iPhone/iPod touch (com pixels mais compactados), mas pode ser prático para quem tem com quem se comunicar.
A definição da tela é a mesma, porém o processador gráfico mais potente faz diferença em jogos que utilizam recursos mais avançados, como o Infinity Blade, por exemplo. A definição e a clareza das imagens, nestes casos, são bem superiores.
A câmera frontal em uma tela grande tem um problema: se o tablet ficar na horizontal, o rosto fica sempre meio de lado, e não de frente como acontece com o iPhone ou iPod touch. Não acho que o tablet seja o dispositivo ideal para video-chamadas, mas o mercado insistiu tanto em colocar câmeras no iPad, que a Apple acabou cedendo.
Para tirar fotos com a câmera traseira, também não há muita praticidade. Tanto é que no site Flickr o tablet é o dispositivo com iOS com menos fotos publicadas (lembrando que o iPhone 4 é a “máquina fotográfica” mais usada pelos usuários do site).
O novo design traseiro, plano, faz ele ficar mais estável em cima de superfícies, mas esteticamente não é mais bonito que o de primeira geração (mas claro, isso é apenas uma opinião pessoal). Alguns diriam que “é o iPad mais feio já feito pela Apple”, mas é melhor não arriscar esse tipo de comentário, para não ter que morder a língua no futuro. :P
Em termos de software, o Photo Booth é divertido, mas seu uso é bastante limitado. Pode ser o centro das atenções em reuniões de família, entre amigos ou ainda com crianças, mas no dia-a-dia, não tem muita utilidade. Por ser um aplicativo que vem no sistema, ele não pode ser apagado.
Outra novidade da nova geração é a cor branca. Ou seja, se você quer muito um iPad branco, não tem escolha, só o novo modelo possui esta opção.
Comprar ou não comprar o iPad 2?
Esta pergunta muitos se fazem, sem saber se devem ou não comprar o novo modelo. A baixa de preço do antigo vale a compra?
Há casos e casos. A princípio, sugerimos que quem já possui um iPad 1 e está feliz com ele, pode tranquilamente esperar pela terceira geração no ano que vem, pois a mudança agora não seria tão significativa para justificar a troca.
Quem, ao contrário, ainda não possui um iPad e estava só esperando pela segunda geração, deve sim comprar. Ele é o melhor tablet do mercado, e não estamos falando isso apenas por sermos um blog sobre iOS. Outros produtos da concorrência ainda não estão maduros, com muitos usando sistema Android feito para celular e não para tablets; o novo Honeycomb ainda não é perfeito e a compatibilidade com o Flash ainda causa vários problemas de performance (como vimos aqui). E além de tudo isso, eles ainda são mais caros que o iPad, o que faz o “original” ser ainda bem melhor que suas cópias.
Claro, se você tem orçamento realmente limitado, mas quer muito um iPad, tem duas opções: ou aproveitar agora a queda de preços da primeira geração, ou então esperar até o natal, para ver se os rumores sobre uma fábrica no Brasil realmente se concretizam. Mas nada disso ainda é oficial, além do fato de você comprar um aparelho que, poucos meses depois, deverá ser substituído por uma nova geração.
Conclusão
As mudanças no novo iPad são muito boas, mas ainda não são motivo para troca para quem já possui a geração anterior. Mas claro, tem um novo iOS 5 chegando por aí, com novas funcionalidades que talvez só sejam compatíveis no melhor processador do iPad 2. Neste caso, quem está em dúvida quanto a isso poderá esperar mais algumas semanas, quando será revelado o futuro sistema do iPad, na WWDC.