Desde que foi lançada a loja de aplicativos App Store em nosso território, em julho de 2008, sofremos com a falta da categoria Jogos, disponível em praticamente todos os países, menos no Brasil e na Coréia do Sul.
No início todos estranharam, mas investigamos e descobrimos que o problema parecia ser burocrático: o Ministério da Justiça, através do seu Departamento de Justiça, Classificação, Títulos e Qualificação – DJCTQ, obriga a classificação oficial de todo e qualquer jogo antes dele ser disponibilizado para a venda. Isto criaria uma barreira burocrática no sistema de vendas da App Store, que é baseada na distribuição mundial de aplicativos.
Para evitar problemas, a Apple simplesmente não disponibilizou no Brasil a categoria GAMES. Mas com seu maior concorrente, o Android Market, o mesmo não acontece, pois usuários conseguem comprar livremente jogos no país. Por que esta diferença?
Desde o início de outubro, usuários brasileiros do sistema Android já podem realizar compras de aplicativos na loja virtual, coisa que antes não era possível. Agora, além de ser possível pagar em real, todos os jogos estão disponíveis normalmente no país, sem nenhuma burocracia.
A pergunta que não quer calar: será que foi a Apple que não teve boa vontade em ir atrás de uma solução burocrática ou a Google que não estaria respeitando as leis brasileiras?
Os blogueiros Carlos Schmitt e Evandro Müller, do site Girafa Verde, fizeram um vídeo demonstrativo de como é a compra brasileira de jogos. Eles ainda mostram uma funcionalidade que poderia também existir na App Store, a de pedir o dinheiro de volta caso não tenha gostado do aplicativo. Confira:
Estamos ainda investigando o porquê da diferença de atitude das duas lojas digitais: se é o desrespeito das leis de uma ou falta de vontade de outra. O Blog do iPhone está contatando algumas empresas importantes de jogos para tentar conseguir uma explicação mais precisa do que acontece. Assim que tivermos mais informações, não deixaremos de postar.
Achamos que a falta da categoria Jogos em nosso país é prejudicial tanto para usuários quanto para desenvolvedores, e por isso acreditamos que é uma batalha que vale a pena ser travada. Afinal, todos só têm a se beneficiar com isso.