Realmente tem coisas no Brasil que não dá para entender. A Vivo se vangloria de ser a única operadora a oferecer chips no formato micro-SIM (compatíveis com o iPhone 4 e o iPad 3G). No momento que uma concorrente conseguir o mesmo benefício, também divulgará isso aos seus clientes, não é mesmo?
Não. Pelo menos é isso que nos está mostrando a Claro, que segundo averiguamos, já está vendendo em algumas lojas o chip no novo formato, mas não está divulgando tal fato. Sua assessoria afirma que a companhia só tomará uma posição oficial depois que o iPhone 4 ou o iPad for homologado pela ANATEL para a venda no Brasil.
Tudo parece estar envolvido em um clima de mistério. Ao procurarmos uma loja de Brasília, solicitamos à vendedora se eles tinham o novo formato de chip, que imediatamente nos passou para outro funcionário. Este começou um mini-relatório, do tipo: “Para que o senhor quer o chip? O senhor possui iPad?” e outras perguntas do tipo. Ao dizermos que tínhamos o iPhone 4, o funcionário pediu para ver o aparelho, levando-o para uma sala interna para analisá-lo (???). Ao retornar, disse que tinha confirmado as informações e que então poderia nos vender o micro-SIM. Muito bizarro.
O chip vem em uma embalagem clássica de ClaroChip, inclusive com o mesmo folheto explicativo; nada faz referência ao tamanho menor.
Foi-nos cobrado 15 reais por ele, com a transferência do número (voz e dados). Compare o novo formato com um chip cortado a mão:
O impressionante é que o vendedor ainda nos informou que os novos formatos estão no estoque da loja há duas semanas (!!!), sem que a operadora tenha feito nenhum aviso ou publicidade disso. Nem no estabelecimento há qualquer menção pública da disponibilidade.
É tudo muito estranho. Por que a operadora esconderia tal informação dos clientes? E qual a necessidade de uma certa “burocracia” ao comprar o chip?
Há algo estranho no ar…
Fotos de Chrystiano de Castro