O novo iPad terá duas versões diferentes, baseada em sua conectividade: uma apenas com conexão Wi-Fi e outra também com opção de conexão a internet pela rede de celular (modelo Wi-Fi + 3G). Porém, o formato de cartão SIM (chip) adotado pela Apple pode complicar a entrada do gadget em alguns mercados, inclusive no Brasil.
O cartão que funcionará no novo tablet será o quase desconhecido Micro SIM, novo padrão que tem formato menor que o SIM atual.
Perceba que, na verdade, a área útil do chip é a mesma, o que muda é o formato do plástico em volta.
O problema é que, para vender e subsidiar o iPad no Brasil, as operadoras precisam adotar e importar o Micro SIM, que servirá no momento somente para ele. E visto que nossas operadoras nunca deram uma atenção especial para o iPhone, é fácil de imaginar também que elas podem se mostrar relutantes a adotar o padrão somente para o tablet da Apple.
Portanto, em um primeiro momento, é provável que só venha para o nosso país a versão Wi-Fi.
E quem comprar um iPad Wi-Fi + 3G no exterior, como fará para que ele funcione no Brasil?
Sem a adoção do Micro SIM pelas operadoras brasileiras, a coisa fica mais difícil, mas não impossível. Na internet já começam a aparecer tutoriais de como cortar os SIMs atuais para que ele fique do mesmo tamanho do Micro SIM. Porém, é um método destrutivo, pois ele não pode ser reutilizado mais em telefones normais.
Geralmente a Apple é a primeira a adotar padrões novos, que depois se tornam populares em outros dispositivos (como foi o caso do USB e do Wi-Fi).
Na Europa, as principais operadoras já anunciaram a importação do novo formato. No Brasil, é mais fácil acreditar que as operadoras não farão o esforço inicial de adotar os novos chips, o que fará com que a versão 3G traga de volta os procedimentos (e emoções!) do primeiro iPhone, ainda no tempo que ele não era vendido no Brasil. Quem é daquele tempo, deve lembrar muito bem das gambiarras e cortes no chip para fazer o aparelho funcionar… :)