Saúde

Ministério da Saúde brasileiro resolve adotar as notificações de exposição à COVID do iOS

Em abril, a Apple lançou, em parceria com o Google, uma API que permite a criação de aplicativos capazes de identificar quando pessoas que você teve contato foram infectadas com o novo coronavírus. Nós detalhamos aqui no blog como ela funciona:

O iOS incorporou a API no sistema do iPhone, bastando apenas instalar algum app compatível com ela.

Quando a ferramenta foi lançada, o Governo Brasileiro não tinha mostrado interesse em adotá-la no país, e por isso ela ficou inativa por aqui.

Mas agora as coisas estão mudando. O Ministério da Saúde, após longos 3 meses e quase 100 mil mortos na conta, decidiu usar esta tecnologia para tentar conter o crescimento da pandemia. A notícia foi dada nesta sexta (31) em um comunicado oficial.

O aplicativo a ser usado é o Coronavírus-SUS, do próprio Ministério. Ele é o único que tem autorização da Apple e do Google para usar a ferramenta.

Uma nova funcionalidade do aplicativo Coronavírus-SUS vai alertar, pelo celular, em até 24 horas, sobre pessoas que testaram positivo para Covid-19 e estiveram próximas a você nos últimos 14 dias. O monitoramento da doença é importante para controle da doença e retomada segura das atividades. A tecnologia se chama “API Exposure Notification” e foi disponibilizada a partir de uma parceria entre o Ministério da Saúde, Google e Apple.

A vantagem de ser uma parceria da Apple e do Google é que funciona da mesma forma tanto para iPhones quanto para dispositivos Android. Assim não importa a marca do celular que a pessoa infectada tenha, ela servirá para alertar todas as pessoas que tiveram contato com ela.

Como funciona

É o usuário quem decide usar ou não a ferramenta. Claro que, quanto mais pessoas habilitarem o aplicativo, mais preciso será o resultado, ajudando realmente a conter a contaminação. A ideia é que, se você for notificado que alguém que teve contado foi infectado, você também se recolha voluntariamente, para não ter risco de espalhar o vírus ainda mais.

O cidadão que fizer o teste de COVID-19 (PCR ou sorológico) e der positivo, informa a situação ao aplicativo, que irá gerar um token anônimo e incorporar ao banco de dados. Como já explicamos, este banco de dados não saberá a identidade de quem foi infectado, mas terá condições de avisar todos aqueles que tiveram contato com ele sobre a infecção.

Para evitar fraudes (afinal, estamos no Brasil), o aplicativo do Ministério da Saúde fará o cruzamento entre o exame informado e os registros integrados da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) e da sua plataforma de vigilância (e-SUS Notifica). Só então o token será gerado, caso se comprove a autenticidade do teste.


É uma ótima notícia saber que teremos essa ferramenta agora no Brasil. Países como Alemanha, Itália, Austrália e Canadá já contam com aplicativos que usam esta API, que vem ajudando a diminuir a velocidade de crescimento desta praga que está marcando o ano de 2020.

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