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Apple pode montar mais iPhones no Brasil para fugir de tarifas nos EUA

Fábrica da Foxconn em Jundiaí entra no radar como alternativa à China e Índia após novas tarifas impostas pelo governo Trump

A Apple está de olho no Brasil — e não é só para vender iPhones. Com a nova política tarifária dos Estados Unidos afetando a importação de eletrônicos da China e da Índia, a empresa está considerando expandir a montagem de seus aparelhos por aqui, mais especificamente na fábrica da Foxconn em Jundiaí (SP).

Pelo menos é isso que afirma algumas supostas fontes da revista Exame. E essa mudança tem um motivo claro: os custos.

A partir de abril, os iPhones montados na China, que ainda concentram mais da metade da produção global da Apple, podem ficar até 40% mais caros para o consumidor americano.

A Índia, que vinha ganhando força como “plano B” nos últimos anos, também entrou na lista e agora enfrenta uma tarifa de 26%.

Um dilema de bilhões

A Apple vende mais de 220 milhões de iPhones por ano.

Seu principal mercado é justamente os Estados Unidos — e ninguém gosta de pagar mais caro por algo que já custa caro.

Com as novas tarifas, a empresa precisa decidir: banca o prejuízo e reduz seus lucros ou repassa o aumento para o consumidor e arrisca perder vendas?

A situação já causou impacto: as ações da Apple caíram mais de 8%, o pior resultado desde setembro de 2020.

E onde entra o Brasil nessa história?

A fábrica da Foxconn em Jundiaí já monta os modelos básicos do iPhone 13, 14 e 15, e recentemente recebeu sinal verde para produzir também o iPhone 16.

Apesar de não ser usada hoje como base de exportação, essa unidade opera sob um regime especial que reduz impostos locais e, agora, pode se tornar uma peça estratégica para atender o mercado norte-americano.

Por quê? Porque os produtos brasileiros enfrentam tarifas menores para entrar nos EUA — 10%, bem menos do que os 26% ou 54% aplicados a Índia e China, respectivamente.

Oportunidade ou desafio?

Claro que não basta querer.

Para que a produção brasileira ganhe mais espaço no plano global da Apple, será necessário garantir qualidade, capacidade e velocidade — sem atrasos ou gargalos.

E embora o Brasil ainda não seja conhecido por sua agilidade logística, o contexto atual pode criar uma rara janela de oportunidade.

Se a mudança se concretizar, o Brasil poderá deixar de ser apenas um consumidor de iPhones para se tornar também uma plataforma relevante de montagem e exportação, pelo menos para a América Latina.

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