Nas últimas semanas, diversos sites de notícias fizeram muitos acreditarem que o iPhone X estava “morrendo”, com suas vendas despencando. Porém, mais uma vez, os números oficiais mostraram que as manchetes alarmantes só serviram para atrair cliques e chamar a atenção.
O mercado de smartphones está em declínio, com os fabricantes admitindo que estão vendendo menos a cada trimestre. A Apple é a única que foge a esta regra, inclusive batendo recordes de vendas. Nunca ela vendeu tantos iPhones em um Q2 antes.
E isso parece incomodar profundamente certas pessoas.
O iPhone X, aquele modelo mais caro que desde dezembro alguns analistas insistem que será um “fracasso”, continua a ser o mais vendido entre os modelos da maçã. Apesar do preço elevado.
Aliás, na verdade esta não é uma boa notícia para nós, usuários. No X a Apple apostou em um preço mais alto, “especial”, justamente por ser uma edição comemorativa dos 10 anos de lançamento do iPhone original. O “normal” seria mesmo vender menos. Mas não foi o que aconteceu, e isso talvez faça a maçã pensar que pode manter o preço alto no futuro, pois venderá igual. E isso é péssimo para nós que compramos os produtos dela, e para todos os outros, pois a concorrência costuma seguir o que a Apple faz.
Mas voltando à opinião dos “analistas”, grande parte acreditava que o X seria um fracasso. O site de notícias Bloomberg foi um dos que mais insistiu nisso, inclusive afirmando que Tim Cook já tinha um discurso preparado para justificar a queda das vendas. E este tipo de notícia, baseado em nada, não é notícia e sim especulação. Estamos voltando a uma época em que se publica (e se replica em sites do mundo inteiro) especulações não confirmadas, que de tanto serem repetidas acabam tomando forma de notícia real. A não-notícia está virando material para sites do mundo inteiro, inclusive no Brasil. O que é uma pena, porque não é a maneira correta de se fazer jornalismo.
De tempos em tempos o tema “falência da Apple” volta às manchetes de alguns veículos, com gente torcendo para isso acontecer, mesmo que não seja baseado em nenhum fato. É provável que um dia eles acertem, mas até lá, teremos que filtrar muito o que lemos por aí.
