Uma recente reportagem do New York Times revelou que a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 25% sobre todos os iPhones importados pode ter sido motivada por uma retaliação pessoal contra Tim Cook, CEO da Apple.
Segundo a publicação, entre os dias 13 e 16 de maio de 2025, Trump realizou uma viagem oficial ao Oriente Médio, acompanhado de executivos de várias empresas americanas, como Nvidia, OpenAI, AMD, BlackRock e Citigroup.
No entanto, a Apple não enviou representantes. Fontes afirmam que Tim Cook recusou pessoalmente o convite para integrar a comitiva, o que teria irritado profundamente o presidente.
Durante a viagem, Trump fez questão de comentar a ausência de Cook em eventos públicos. Em uma ocasião, dirigiu-se ao CEO da Nvidia, Jensen Huang, dizendo: “Tim Cook não está aqui, mas você está“.
Pouco depois, ainda durante a passagem pelo Catar, Trump afirmou que tinha “um pequeno problema com Tim Cook“.

Dias depois, anunciou nas redes sociais a tarifa de 25% sobre os iPhones, justificando que a Apple não fabrica os dispositivos nos Estados Unidos.
A decisão surpreendeu não apenas a Apple, mas também integrantes da própria administração Trump, que não esperavam um anúncio tão abrupto.
Dificuldades para a Apple
A tarifa começará a valer em junho, justamente no período em que a Apple tradicionalmente se prepara para o lançamento de novos modelos — o iPhone 17 está previsto para setembro.
Em anos anteriores, diante de outras ameaças tarifárias, a Apple conseguiu acelerar a produção e importar antecipadamente grandes volumes de iPhones para escapar dos prazos.
Desta vez, com a medida entrando em vigor tão próxima ao lançamento, será difícil repetir a estratégia.
Até o momento, a Apple não se pronunciou oficialmente sobre a nova tarifa nem sobre as informações divulgadas pelo New York Times.
Na semana passada, o procurador-geral da Califórnia disse que o estado poderá ir à justiça caso Trump insista em prejudicar empresas sediadas na região.
O episódio marca um novo capítulo na relação cada vez mais tensa entre Trump e a empresa, que já havia conseguido anteriormente algumas isenções, mas agora se vê novamente no centro de uma disputa política.
