Inicialmente planejado para abril, mas adiado para agosto, o filme Jobs estreia hoje nas salas de cinema dos Estados Unidos. O longa, que conta parte da história de Steve Jobs, chegará ao Brasil apenas no dia 6 de setembro, mas teve uma sessão reservada nesta sexta para a imprensa.
Por questões técnicas, nós não conseguimos comparecer na pré-estreia, mas destacamos o que a crítica americana está falando do filme, que é o primeiro sobre a vida do fundador da Apple.
O filme começa com o lançamento do iPod em 2001, mas rapidamente retoma a história do início, lá pelos anos 70, quando Steve Jobs ainda estava na faculdade. Então é contada a trajetória do nascimento e crescimento da Apple, até a expulsão dele em 1985. O filme acaba com ele voltando para a Apple no final de 1996 para reiniciar a “revolução”. A história é apenas da primeira parte da Apple, não da segunda. Com isso, muitos momentos ótimos na vida de Steve Jobs ficaram de fora, como a compra da Pixar, a criação da NeXT (que criou a base do OS X de hoje, e consequentemente, do iOS), o sucesso do iPod e a coragem em lançar um produto totalmente diferente no já então gigante mercado da telefonia.
O que muitos falam do filme é que ele não possui muita profundidade nos personagens. Os momentos históricos são “jogados” na narrativa de forma superficial, sem muita ligação entre eles. Seguindo este caminho, o filme não se distancia tanto do já lançado Piratas do Vale do Silício, que é ótimo e deve ser visto por todos os fãs da Apple.
A atuação de Ashton Kutcher está muito boa e convincente em muitos momentos, mas obviamente é quase impossível reproduzir com perfeição o carisma envolvente que Jobs tinha em suas apresentações.
Apreciará melhor o filme quem já conhece a história da Apple, pois ele é um grande resumo dos fatos mais importantes mas deixa de fora passagens que fazem compreender melhor o que aconteceu.
A Sony está realizando um outro filme com o roteiro de Aaron Sorkin, mais elaborado e inspirado fortemente na biografia oficial de Steve Jobs, de Walter Isaacson. Este, segundo muitos, deverá ser mais detalhista e aprofundado.
