Concorrentes imitadores, tremei!
Em 2007, a Apple revolucionou a telefonia mundial modificando completamente o conceito de celular, que antes se limitava a um aparelho cheio de teclas que fazia chamadas telefônicas. Buscando o conceito do antigo Newton (que inspirou a Palm por bastante tempo), lançou um dispositivo sem teclados, multitoque, que parecia mais um computador de bolso do que um simples smartphone. “Os atuais smartphones nem são tão smarts assim“, diria Jobs naquela manhã de janeiro.
Ela lançou o iPhone e não demorou muito para muitos outros irem atrás desta nova tendência, lançando celulares com tela maior e poucas teclas (Samsung que o diga). Para evitar que sua criação fosse usada a torto e a direito, a Apple entrou logo com pedido de patente (mais de 200, segundo Jobs), mas isso é um processo demorado e lento até mesmo nos Estados Unidos, o que fez a festa de muita empresa asiática.
A história pode mudar agora. Esta semana, a Apple garantiu no escritório americano a patente de número 7,966,578, descrevendo “um computador, para uso em conjunto com um dispositivo multifuncional portátil com uma tela tátil, sensível ao toque“.
Aos que se lembram dos velhos tempos, antes do celular da Apple não havia no mercado nenhum dispositivo tão preciso ao toque de dedos humanos como o iPhone. Foi ela, através de várias tecnologias próprias, que conseguiu resolver inúmeros obstáculos que permitiam que isso pudesse ficar acessível ao consumidor, coisa que foi largamente copiada depois.
Segundo alguns analistas, o número e detalhes das patentes que a Apple acaba de conseguir pode colocar em situação complicada todos os outros atuais smartphones (leia-se Android) que seguem a mesma linha de interatividade que o iPhone original, obrigando-os a pedir licenciamento à Apple de toda esta tecnologia.
E não estamos falando aqui de cópias simples de ícones ou modos de se apresentar notificações, mas sim de tecnologia que permite o funcionamento do aparelho. Ainda este mês, a Apple acabou entrando em acordo com a Nokia, assumindo que estava usando tecnologias criadas pela finlandesa e se comprometendo a pagar grandes quantias em dinheiro para poder continuar usando. Provavelmente ela fará o mesmo agora com quem copiou indiscriminadamente sua criação, o que deve agitar bastante com o mercado daqui para frente.
E vale lembrar que a tecnologia influi também nos tablets, que são todos inspirados no iPad que, por consequência, é inspirado no iPhone.
via PCmag