Um novo relatório do Wall Street Journal indica que a Apple está considerando aumentar os preços dos próximos iPhones como forma de compensar o impacto das tarifas impostas por Donald Trump.
Embora tenha havido uma pausa temporária na disputa comercial entre Estados Unidos e China, a tarifa de 20% sobre smartphones — implementada anteriormente — continua em vigor, e ainda há incertezas sobre novas tarifas para semicondutores.
A Apple já tentou mitigar esses custos pressionando seus fornecedores a reduzirem preços, mas, segundo fontes ligadas à cadeia de produção, essa estratégia chegou ao limite. Agora, o aumento de preços se tornou a “menos pior” das opções.
Apesar disso, a empresa está determinada a não associar publicamente o aumento às tarifas.
O medo da ira de Trump
Essa decisão tem como base o episódio ocorrido com a Amazon em abril, quando surgiram rumores de que a empresa exibiria o impacto das tarifas nos preços.
A ideia foi imediatamente criticada pela Casa Branca, que chamou a ação de “hostil e política”. A Amazon acabou negando a intenção, mas o episódio serviu como alerta.
Por isso, a Apple deve evitar qualquer narrativa que associe os preços mais altos à política comercial de Trump, com quem mantém uma relação sensível — mas estratégica.
Vale lembrar que Tim Cook já conseguiu, por meio de negociações diretas com Trump, isenções de tarifas em anos anteriores, mesmo que o presidente tenha publicamente negado isso depois.
Aumentar, mas disfarçar as razões
Em vez de mencionar tarifas, a Apple pretende justificar eventuais aumentos com base em novos recursos da linha iPhone 17.
Ainda não se sabe quais seriam essas novidades, mas espera-se que a geração de 2025 traga ao menos um modelo mais fino, embora não esteja claro se esse design poderá ser produzido em países fora da China — onde as tarifas continuam mais pesadas.
E no Brasil, o impacto pode ser ainda maior
No Brasil, o preço dos iPhones já é historicamente elevado por causa de impostos de importação, câmbio desfavorável e custos operacionais.
Se houver um reajuste global de preços motivado pelas tarifas nos Estados Unidos, o impacto aqui pode ser ainda mais significativo — principalmente em modelos como o iPhone 17 Pro e Pro Max, que continuarão sendo fabricados na China.
Ou seja, mesmo que a Apple evite falar sobre o motivo real do aumento, o consumidor brasileiro pode acabar pagando a conta em dobro: pelos custos externos e pelas distorções internas.

faz o T
🤮