União Europeia ficará sem vários recursos do iOS 26, diz Apple

Espelhamento do iPhone, Atividades ao Vivo no Mac e Lugares Visitados não chegarão tão cedo à Europa

Por iLex

Usuários de iPhone que vivem na União Europeia devem se preparar para uma realidade frustrante: nem todos os recursos do iOS 26 estarão disponíveis por lá.

Isso já tinha sido comentado aqui no BDI, mas agora a própria Apple reconfirmou que está bloqueando algumas das novidades anunciadas este ano — e o motivo tem nome e sobrenome: Lei dos Mercados Digitais, conhecida como DMA (Digital Markets Act).

Segundo a Apple, as exigências dessa legislação estão tornando impossível liberar certos recursos sem colocar em risco a privacidade e a segurança dos usuários.

O que os europeus vão perder?

Embora nem todos os bloqueios tenham sido listados oficialmente, a Apple já confirmou que as seguintes funções não estarão disponíveis na UE:

  • Espelhamento do iPhone no Mac, função que permite controlar o iPhone diretamente pela tela do computador;
  • Live Activities no Mac, que exibe em tempo real informações como status de voos ou entregas;
  • Visited Places, um novo recurso que organiza e mostra locais visitados com base em registros de localização.

E segundo a própria empresa, mais recursos podem ser bloqueados no futuro, especificamente para os países da União Europeia.

Por que a Apple está fazendo isso?

Durante um evento fechado com reguladores europeus nesta segunda (30), o vice-presidente jurídico da Apple, Kyle Andeer, foi claro:

“Tivemos que tomar a decisão de adiar o lançamento de produtos e recursos anunciados este mês para os clientes da UE.”

A razão, segundo ele, são os riscos reais à segurança, privacidade e integridade dos dados causados pelas exigências da DMA, que obrigam empresas consideradas “gatekeepers” (como a Apple) a abrirem seus sistemas para terceiros.

A Apple acusa a Meta de se aproveitar da lei

Para ilustrar os perigos disso, a Apple citou a Meta (dona do Facebook e Instagram), que estaria exigindo acesso a tecnologias e dados da Apple com base na nova lei.

A ironia é que a Meta tem um histórico duvidoso com privacidade, como o escândalo da Cambridge Analytica e o armazenamento em texto puro de senhas de milhões de usuários.

A DMA realmente protege o consumidor?

A Apple argumenta que, na prática, a DMA não está beneficiando os consumidores, mas sim grandes empresas — especialmente as europeias, como a Spotify — ou conglomerados como a própria Meta, que estariam se aproveitando das brechas da lei.

E pior: segundo a Apple, falta clareza nas exigências da legislação.

Ela dá o exemplo do Espelhamento do iPhone: se ela lançar esse recurso, será obrigada a criar algo parecido para Android também? Ninguém sabe.

Nem os reguladores souberam responder até agora.

O que acontece agora?

O impasse continua, e quem sai perdendo são os usuários europeus, que não terão acesso a algumas das principais novidades do iOS 26.

Enquanto isso, os encontros entre empresas e reguladores seguem — o próximo da fila é com a própria Meta, no dia 3 de julho.

O problema é que, se nada mudar, a UE corre o risco de transformar o iPhone em um produto com menos recursos por lá do que em qualquer outro lugar do mundo.

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