Ninguém duvida que Steve Jobs tenha sido um gênio do marketing, com uma sensibilidade fantástica para perceber o que pode ou não dar certo.
Mas na verdade, talvez hoje não estaríamos segurando nossos iPhones e iPods se não fosse um certo geek também genial no que faz: Steve Wozniak, que criou o que se tornaria o computador pessoal mais popular da época, influenciando a indústria como a conhecemos hoje em uma simples garagem na casa de seus pais.
Woz (como é carinhosamente chamado) completa 60 anos hoje, dia 11 de agosto.
Os dois jovens amigos tentaram várias empreitadas antes de fundar a Apple Computers em meados da década de 70. Mesmo quem não usa atualmente nenhum produto da Maçã, deve muito ao Woz.
Com a criação do Apple I, o mundo dos computadores pessoais deu uma guinada e se transformou no que é hoje. Se você tem um computador na mesa do seu quarto hoje, saiba que esse cara foi um dos responsáveis por isso.
E o engraçado é que a criação quase foi parar nas mãos da HP. Woz era funcionário da empresa e por contrato deveria apresentar toda criação sua antes de fazer qualquer coisa com ela.
Ele o fez, mas foi ridicularizado pelos executivos. Afinal, “Por que pessoas comuns iriam querer computadores?“. Veja uma cena do ótimo filme “Piratas do Vale do Silício“, que conta a história da Apple e da Microsoft (com legendas em português):
Hoje Wozniak é um bonachão que faz as coisas que gosta, por simples prazer. Ele é admirado por todo o mundo geek por ser acessível, divertido e muito inteligente. Em suas palestras (inclusive já veio ao Brasil), é prestigiado por centenas de fãs.
Jonathan Mann, o mesmo que fez o vídeo do “Antenna Song“, prestigiou Woz com uma música composta especialmente para o aniversário:
Sem Wozniak, dificilmente Steve Jobs teria começado uma empresa de computadores e mudado o mundo da informática, da música e da telefonia móvel.
Ao mesmo tempo, sem Jobs, Woz talvez nunca tivesse levado adiante aquele hobby de construir invenções divertidas, consideradas bizarras e limitadas a um pequeno grupo de jovens acadêmicos. Foi necessário que os dois se juntassem para se concretizar tudo o que aconteceu depois.