A Apple continua expandindo o alcance do Vision Pro, seu headset de realidade mista, agora com lançamento confirmado para a Coreia do Sul e os Emirados Árabes Unidos em 15 de novembro.
Com pré-vendas iniciando no dia 4 do mesmo mês, a chegada aos novos mercados faz parte do plano da Apple de levar a tecnologia de realidade aumentada (AR) e virtual (VR) a uma base mais ampla de consumidores, mesmo com os desafios relacionados a preço e produção.
Discreta expansão internacional
Após o lançamento inicial nos Estados Unidos, a Apple já havia expandido a disponibilidade do Vision Pro para países como Canadá, França, Alemanha, Reino Unido, China, e Japão entre junho e julho.
Com o acréscimo de Coreia do Sul e Emirados Árabes Unidos, o headset estará oficialmente disponível em 12 países.
A Apple criou páginas localizadas em seus sites e comunicados de imprensa específicos para esses mercados, além de oferecer uma experiência diferenciada: os clientes poderão agendar demonstrações de 30 minutos em lojas Apple selecionadas, permitindo uma experiência prática antes da compra.
É caro até nas arábias
O Vision Pro foi projetado para ser um produto revolucionário, mas o preço de US$ 3.500 o posiciona como um dispositivo de nicho, voltado para um público específico de entusiastas de tecnologia e desenvolvedores.
Em uma entrevista recente, o CEO Tim Cook reconheceu essa realidade, afirmando que o Vision Pro é “um produto para os early-adopters, para quem deseja ter a tecnologia de amanhã hoje”.
A pesquisa da IDC estima que as vendas do Vision Pro possam ser inferiores a 500 mil unidades em 2024, uma projeção que reflete o impacto do preço elevado e da ainda baixa penetração da tecnologia de realidade mista.
Para contornar as dificuldades de escoamento e adaptação ao mercado, a Apple reduziu a produção do dispositivo, o que sugere uma estratégia cuidadosa de alinhamento entre oferta e demanda, enquanto avalia a aceitação em mercados variados.
Ou seja, o lançamento em mais países faz parte de uma tentativa de ampliar o público e mitigar os riscos associados ao excesso de estoque.
Tudo seria um teste?
A Apple pode estar usando o Vision Pro como um teste de conceito, avaliando a receptividade e as demandas do mercado para, eventualmente, adaptar a tecnologia e reduzir os custos de fabricação em futuras versões.
Uma possível expansão para mais países e uma redução de preço poderiam tornar o dispositivo mais acessível e atrativo no longo prazo.
Mas enquanto isso não acontece, ele só está sendo realmente revolucionário em alguns segmentos específicos.
Geringonça extravagante, faz sentido todo magnata do petróleo querer ter vários, para toda família, vai dar um gás nas vendas.
"Tudo ser um teste" é um ponto de vista terrível, pois desmorona toda filosofia da Apple, que nunca foi uma empresa de testar produtos com o consumidor final. Sempre tivemos a garantia que qdo ela lança, é pq está tudo muito bem pensado e 100% pronto, útil e usual.