O óbvio aconteceu: Trump isenta a Apple do tarifaço

Por iLex

Em meio à escalada de tarifas entre Estados Unidos e China, o governo Trump anunciou na noite dessa sexta-feira (11) a isenção de smartphones, laptops e outros eletrônicos das tarifas de até 145% impostas aos produtos chineses.

A medida, divulgada pela Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA, beneficia diretamente empresas com forte presença industrial na China, como a Apple — e não chega a ser uma surpresa para quem nos acompanhou na última semana.

EUA não tinham outra saída

Ao longo da semana, enquanto a mídia mundial elaborava cálculos de quanto o iPhone poderia custar nos Estados Unidos com a nova tarifação, nós aqui mostrávamos que o governo Trump não tinha alternativa a não ser isentar a Apple (e outras Big Techs) das proibitivas taxas contra a China.

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Apple respira aliviada

Com cerca de 90% da sua produção concentrada em território chinês, a Apple era uma das companhias mais ameaçadas pelas tarifas.

Analistas do setor alertavam para a possibilidade de repasse dos custos ao consumidor final, o que encareceria os iPhones nos EUA. Com a isenção, a Apple ganha fôlego e mantém sua competitividade no mercado americano.

A consultoria Wedbush Securities classificou a medida como “a melhor notícia possível para investidores em tecnologia”, já que protege as margens de lucro e reduz o risco de queda na demanda por dispositivos premium.

Outros eletrônicos também escapam

Além dos iPhones, a lista de produtos isentos inclui laptops, máquinas para fabricação de semicondutores, células solares e cartões de memória.

Esses itens, segundo a Bloomberg, dificilmente são produzidos nos EUA, e estabelecer uma linha de produção local levaria anos e exigiria altos investimentos.

Trégua pode ser temporária

Apesar do alívio, a isenção pode ser provisória.

A Bloomberg aponta que os produtos retirados da lista de tarifas ainda podem ser taxados futuramente, mas com alíquotas menores.

Trump também suspendeu por 90 dias o programa de tarifas recíprocas e reduziu para 10% as taxas de importação de outros países (exceto a China), sinalizando uma reavaliação da estratégia.

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