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Competir com a Apple é uma missão impossível, dizem terceirizados de reparo de iPhone

Empresas de reparo afirmam que programa da Apple dificulta competição devido a atrasos e altos preços de peças

A fim de responder à pressão crescente de legisladores, a Apple lançou seu programa de reparos independentes em 2021, oferecendo às pequenas empresas uma forma aprovada pela própria fabricante para reparar os dispositivos de clientes, como o iPhone, utilizando peças e ferramentas genuínas da empresa.

No entanto, de acordo com informações do The Guardian, reparadores temiam que essa iniciativa não fosse uma ação genuína da Apple, mas sim uma forma de evitar a legislação de direito à reparação proposta pelo governo.

Imagens fortes que podem chocar pessoas mais sensíveis.

Atualmente, tanto nos Estados Unidos quanto na Austrália, os reparadores afirmam que a resposta lenta da Apple e os altos custos das peças tornam praticamente impossível competir com o programa de reparo interno da empresa.

O funcionamento do serviço e do fornecimento de peças pela Apple é um dos fatores que dificultam a concorrência.

Na maioria dos centros de serviço autorizados, poucas ou nenhuma peça é mantida em estoque. As peças são encomendadas após a conclusão do processo de diagnóstico e enviadas por FedEx para a oficina de reparo.

A oficina realiza o reparo e deve devolver a peça defeituosa, conhecida como “núcleo”, à Apple para análise, recondicionamento, reingresso no estoque de serviço ou outros fins.

O problema é que o reparador só recebe o crédito pelo retorno da peça danificada após a avaliação da Apple.

Os altos preços dos “núcleos” também representam um desafio para os reparadores independentes, que muitas vezes chegam a pagar até 75% do valor de uma peça nova.

Além disso, a Apple proíbe as oficinas de venderem diretamente peças aos clientes, devido a abusos ocorridos no passado. A venda direta de peças aos usuários pode resultar na perda do status de autorização da Apple, o que pode ser financeiramente desastroso para os reparadores.

Com isso, as pequenas empresas de reparo enfrentam dificuldades para competir com a gigante da tecnologia.

Além disso, os consumidores também sofrem as consequências dessa situação. Na Austrália, por exemplo, onde o custo de vida tem aumentado significativamente, muitos clientes optam por tentar reparar seus dispositivos ao invés de substituí-los por novos.

No entanto, os atrasos e os custos elevados dos reparos nem sempre tornam essa opção viável.

Enquanto isso, o movimento pelo Direito à Reparação tem enfrentado desafios significativos, uma vez que ainda não há consenso sobre o que essa garantia efetivamente abrange.

A discussão em torno desse tema continua, enquanto os provedores independentes lutam para encontrar uma maneira de competir em um mercado dominado pela Apple.

Via
Apple Insider
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