A Apple anunciou nesta sexta-feira (17) que vai se tornar a transmissora exclusiva do Campeonato Mundial de Fórmula 1 nos Estados Unidos, a partir da temporada de 2026.
O contrato, válido por cinco anos, marca a entrada definitiva da empresa no mundo dos esportes ao vivo — e mostra que o Apple TV está pronto para acelerar no mesmo ritmo dos carros mais rápidos do planeta.
No Brasil, a temporada 2026 voltará para a Globo.
Corridas com o toque da Apple
Pelo novo acordo, todas as etapas da Fórmula 1 — desde os treinos livres e classificações até as corridas Sprint e os Grandes Prêmios — serão transmitidas pelo app Apple TV.
Algumas sessões e corridas selecionadas continuarão disponíveis de graça, permitindo que novos espectadores experimentem a emoção da F1 sem precisar de assinatura.
Quem quiser acompanhar tudo, porém, precisará estar dentro do ecossistema Apple.
O serviço F1 TV Premium continuará existindo, mas agora passará a funcionar dentro da plataforma da Apple, o que deve simplificar o acesso e a experiência para os usuários de iPhone, iPad, Mac e Apple TV.
Uma experiência integrada e imersiva
A Apple não quer apenas transmitir as corridas — quer transformar a forma como o público vive o esporte.
O ecossistema da empresa será totalmente integrado à Fórmula 1:
- o Apple News trará cobertura e análises sobre as provas;
- o Apple Music poderá oferecer trilhas sonoras e playlists temáticas;
- o Apple Maps mostrará os circuitos e curiosidades sobre cada cidade-sede;
- e o app Apple Sports, gratuito no iPhone, vai exibir placares, posições e estatísticas em tempo real, com widgets e suporte ao Live Activities, para acompanhar a corrida direto na tela bloqueada.
É uma experiência que vai além da TV — e se espalha por todo o ecossistema da marca.
Uma parceria que já vinha sendo construída
Essa aproximação entre Apple e Fórmula 1 não surgiu do nada.
Nos últimos anos, a empresa já vinha se envolvendo com o esporte — especialmente com o filme F1 The Movie, produzido pela Apple Studios e estrelado por Brad Pitt, que se tornou o filme esportivo de maior bilheteria da história.
O sucesso da produção serviu de porta de entrada para um acordo maior, consolidando a Apple como nova parceira oficial da categoria.
E o momento é ideal: a Fórmula 1 vive um crescimento explosivo nos Estados Unidos.
Em 2024, o número de fãs chegou a 52 milhões, com quase metade deles abaixo dos 25 anos — e, pela primeira vez, com mais da metade das novas fãs sendo mulheres. É exatamente o tipo de público que a Apple quer conquistar.
Por que a Apple está entrando nisso?
A aposta da Apple na Fórmula 1 é estratégica.
Com esse acordo, a empresa expande o Apple TV (ex-+) para além de séries e filmes, posicionando-o também como plataforma de eventos ao vivo.
É um caminho que outras gigantes, como Amazon e Disney, já seguiram — mas a Apple pretende fazer isso à sua maneira, unindo conteúdo, design e integração total entre dispositivos.
A Fórmula 1 é o parceiro ideal para isso: um esporte que combina tecnologia, velocidade e espetáculo visual, tudo o que a marca representa.
Apesar do entusiasmo, o acordo também traz desafios.
A Apple vai precisar garantir transmissões estáveis, sem falhas ou atrasos, o que exige uma infraestrutura robusta para lidar com milhões de espectadores simultâneos.
Também será importante oferecer conteúdos extras — bastidores, entrevistas e câmeras exclusivas — para manter o público engajado entre uma corrida e outra.
E claro, há a questão da migração de público, já que parte dos fãs ainda está acostumada com as emissoras tradicionais.

