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A Corning está desenvolvendo vidros para telas dobráveis em celulares

Na semana passada, muito se falou dos novos smartphones com tela dobrável que foram apresentados na MWC em Barcelona. Mas o que pouca gente destaca é que em todos os modelos apresentados, nenhum possui tela de vidro; são todos de plástico, para suportar a dobradura.

A Corning (empresa que renasceu graças ao primeiro iPhone com o Gorilla Glass) anunciou que já está trabalhando em um vidro capaz de suportar um número elevado de dobras, já se preparando para, um dia, equipar também iPhones.


Este tipo de pesquisa é fundamental para o futuro das telas dobráveis, pois o vidro seria muito superior ao plástico usado atualmente em dispositivos como o Galaxy Fold. Segundo John Mauro, professor especialista em materiais de ciência e engenharia na Penn State University, telas feitas em polímero de plástico tendem com o tempo a apresentar uma saliência permanente exatamente onde o celular dobra.

Mas o caminho é longo. Fazer um vidro capaz de dobrar sem quebrar é algo nada fácil e que exigirá ainda um pouco de tempo.

A Corning já conseguiu fabricar um vidro de 0,1 milímetro de espessura, capaz de dobrar em um raio de 5mm, sem quebrar. Porém, este material ainda não está pronto para o uso em massa porque não possui resistência suficiente para o uso do dia a dia. Se o aparelho cai no chão, o vidro se despedaçaria todo, o que é um problema para telefones celulares, visto que “cair no chão” não é algo raro de acontecer.

Ao contrário do plástico, o vidro não deixaria nenhuma marca com o tempo, pois a sua estrutura é capaz de se recuperar após as deformações.

Esta pesquisa da Corning não é de hoje. De fato, o mercado já vem trabalhando em telas dobráveis há anos. Confira este vídeo da CNET feito no ano passado:

YouTube video

Com certeza, no momento em que a Corning (ou outra empresa) conseguir desenvolver um vidro dobrável e ao mesmo tempo resistente, aí sim a era das telas dobráveis terá início. Até lá, talvez vejamos experimentações do tipo “tentativa e erro“, usando o consumidor como cobaia.

Via
Cult of MacWired
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