Pré-venda do iPhone X confirma baixíssimos estoques do novo modelo
Na madrugada desta sexta (27) deu-se início à pré-venda mundial do novo iPhone X. Mas reservar um aparelho não foi tarefa fácil, com os estoques iniciais se esgotando em pouquíssimos minutos.
A correria foi intensa, principalmente com os boatos de que a Apple está tendo dificuldades em produzir grandes quantidades do aparelho. Estimava-se que os estoques iniciais seriam escassos e isso acabou fazendo com que um número maior de pessoas quisesse garantir o seu já nos primeiros minutos de disponibilidade.
Assim que a loja online voltou ao ar, no horário estabelecido (0h01 na Califórnia, 5h01 da manhã em Brasília), os prazos iniciais de entrega já estavam em 1-2 semanas. De fato, somente quem optava por retirar na loja é que conseguia ter o aparelho no dia do lançamento, 3 de novembro.
Porém, uns 3 minutos depois este prazo já aumentava para 2-3 semanas. Meia-hora após o início das vendas o prazo já subia para 4-5 semanas. No momento que escrevemos este artigo (pouco mais de 4 horas após o início das vendas), a estimativa de entrega para quem quiser reservar é de 5-6 semanas.
A procura sem dúvida foi enorme, mas a causa principal desta falta de estoque aparentemente é mesmo a dificuldade que a Apple está tendo em fabricar o número suficiente de aparelhos para suprir a demanda. E o pior, o que ela consegue não satisfaz nem metade dela.
A Apple sempre teve dificuldades em fabricar o número de aparelhos suficiente para todos os interessados em comprar, porém desta vez a coisa é ainda mais complicada. Como já tínhamos comentado aqui em julho (leia: “E se o próximo iPhone viesse custando mais de R$6.000?“), a tela OLED é bem mais complicada de fabricar que a LCD presente nos iPhones anteriores. Atualmente nenhuma fábrica consegue produzir 75 milhões de telas em apenas 3 meses, e a Samsung (que é considerada a maior especialista em OLED) também fabrica para outros aparelhos, como o Pixel e a própria linha Galaxy. O simples fato de optar por uma tela OLED no iPhone X já seria um complicador. Juntando-se a isso, também se comenta que os novos sensores de reconhecimento facial (Face ID) são complicados de serem montados, pois exigem uma precisão microscópica para que funcionem adequadamente. Isso também atrasa bastante a produção em larga escala.
Isso explica o lançamento estar acontecendo apenas em novembro. Analistas estimam que a Apple não conseguirá fabricar mais de 20 milhões de unidades até o final do ano.
Quem conseguiu reservar a tempo está rezando para que não aconteça nenhum imprevisto no pedido. Já há inclusive ofertas no site eBay com preços estratosféricos de gente que está revendendo o aparelho que conseguiu reservar. Os valores partem de US$2.500.
Com esta escassez toda, é de se perguntar como a Apple irá cumprir a promessa de lançar o iPhone X no Brasil até o final do ano. As revendas brasileiras contam com ele para que o Natal não seja um desastre de vendas após um lançamento morno do iPhone 8.
Com estoques inexistentes, talvez o novo X chegue por aqui só simbolicamente, com preços impossíveis de serem pagos para não haver demanda, tornando-se o iPhone 8 a opção para quem quer trocar por um iPhone mais potente.