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Amazon, Google e Kobo reforçam de vez o mercado de livros digitais no Brasil

O dia de hoje (6 de dezembro de 2012) está sendo considerado pelo mercado editorial brasileiro como um marco para a explosão do livro digital no país. Depois da grande chegada da iBookstore em outubro, chegou a vez de Amazon, Google e Kobo também firmarem suas lojas virtuais no país, todas no mesmo dia.

Por incrível que pareça, a Kobo foi a que mais chamou a atenção no seu lançamento (com um grande evento ontem), enquanto as gigantes Amazon e Google foram mais discretas.

Mas apesar da Apple ter começado na frente, já leva um grande tapa na cara das suas concorrentes: preços em Real. Amazon e Google já abriram a loja com seus livros em moeda nacional, o que é um importantíssimo diferencial de marketing, visto que muitos ainda tem medo de preços em dólar, ou simplesmente não possuem cartões internacionais. Além disso, os preços são competitivos.

Por exemplo, o best seller Cinquenta Tons de Cinza, custa na iBookstore o equivalente a R$28,73 (considerado o IOF de compras em dólar no cartão). No Google Play, o mesmo livro sai por R$24,90 enquanto a Amazon está já com um desconto, vendendo por R$21,90.

Já o ótimo livro de Luis Fernando Verissimo, Diálogos Impossíveis, custa o equivalente a R$26,52 na loja da Apple. O Google o vende por R$ 22,90 e a Amazon, R$21,76. Durante o período que escrevíamos este artigo, o Google já baixou seu preço para o mesmo que o da Amazon.

Ou seja, esta fortíssima concorrência deverá ser decisiva em duas coisas: queda dos preços e difusão do livro digital no Brasil. Agora é esperar a Apple conseguir adotar os preços em reais para entrar nesta briga.

Para ler livros das diferentes lojas, há aplicativos específicos compatíveis com iPhone, iPod touch e iPad. Se você já está acostumado com o iBooks, não poderá ler os livros comprados na Amazon ou no Google Play nele, infelizmente. Também não terá a integração com o iCloud, como acontece com os livros da iBookstore. Outro ponto interessante é que nenhuma das outras lojas oferece a facilidade de comprar os livros diretamente no aplicativo de leitura, como acontece com o iBooks; todas obrigam o leitor a sair do aplicativo e comprar no site, para depois importar. Nisto a Apple dá aula em experiência para o usuário, só precisa mesmo de preços mais alinhados com a concorrência.

A certeza de tudo isso é que nós, consumidores brasileiros, estamos ganhando com as várias opções de livros digitais em língua portuguesa, que rechearão nossos iPads e iPhones daqui para frente. Que as 4 gigantes briguem muito entre elas e desenvolvam ainda mais este mercado em nosso país. A gente merece. :)

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