Não é por acaso que a Apple está usando o adjetivo inacreditável para definir o preço do novo iPad: muita gente ficou de boca aberta ao saber o valor que ele vai custar nos Estados Unidos. Inclusive os concorrentes.
Segundo o site asiático DigiTimes, o preço pegou de surpresa toda a indústria de notebooks, que esperava algo em torno dos US$1.000. Com o patamar caindo pela metade, o novo gadget concorre diretamente com os netbooks, com uma larga vantagem.
O iPad não foi feito para concorrer com computadores e laptops, mas se comparado com netbooks, que geralmente são mais limitados e feitos basicamente para se conectar na internet, o “iPod com esteróides” dá um banho. Com sua tela multitoque herdada do iPhone e um sistema operacional já consagrado, as pessoas não deverão pensar duas vezes na hora de escolher entre ele e um computador voltado à net, ainda mais se o preço for parecido. Poder ter a facilidade do iPhone OS para navegar na internet, ler emails, organizar suas fotos e ainda ter uma infinidade de aplicativos dedicados, fazem com que a diferença ínfima de preço não seja um empecilho para a compra.
A preocupação da indústria tem sentido: os netbooks já se mostraram pouco lucrativos, pois a margem de ganhos foi fortemente reduzida. Com a entrada inesperada (nem mesmo o maior mac-evangelista acreditaria que isso seria possível) da Apple nesta faixa de preço, os concorrentes terão que fazer o impossível para diminuir ainda mais suas margens de lucro.
Isso sem falar nos fabricantes de tablet PC. Como fazer um outro produto tão bom quanto o iPad, por um preço menor ainda?
No Brasil, o iPad básico (apenas com Wi-Fi) deve chegar por volta de R$1.800, porém ele ainda deve ser enviado para homologação da ANATEL.