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Recurso de medição de oxigênio no Apple Watch pode voltar para clientes dos EUA

A renúncia do CEO da Masimo pode permitir que a Apple reintroduza a medição de oxigênio no Apple Watch, resolvendo disputas legais pendentes.

Há uma possibilidade da Apple reintroduzir o recurso de medição de oxigênio nos Apple Watches vendidos nos Estados Unidos. Essa funcionalidade (que é uma das que mais chama a atenção no monitoramento de saúde) foi removida nos EUA devido a uma disputa legal.

Mas isso pode estar próximo de um fim.

Segundo Mark Gurman, o cenário para a volta desse recurso mudou drasticamente após a renúncia do CEO da Masimo, empresa que está no centro desse imbróglio.

A disputa legal entre Apple e Masimo

O recurso de medição de oxigênio no sangue foi inicialmente introduzido no Apple Watch Series 6, permitindo que os usuários monitorassem seu nível de oxigênio diretamente no pulso.

Essa funcionalidade é especialmente importante para atletas, pacientes com condições respiratórias e até mesmo para o acompanhamento geral de saúde, pois ajuda a detectar alterações na saturação de oxigênio que podem indicar problemas médicos.

No entanto, essa tecnologia logo se tornou o ponto de discórdia entre a Apple e a Masimo, uma empresa especializada em equipamentos médicos para monitoramento de saúde, como oxímetros hospitalares.

A Masimo acusou a Apple de infringir patentes e de “roubar” suas inovações, além de atrair funcionários da empresa para trabalhar no desenvolvimento de tecnologias de saúde da gigante de Cupertino.

Como resultado, a Masimo entrou com várias ações legais contra a Apple e conseguiu, em alguns mercados, bloquear a comercialização de Apple Watches com essa funcionalidade.

A renúncia do CEO da Masimo e as novas possibilidades para a Apple

Recentemente, Joe Kiani, CEO de longa data da Masimo e figura central na batalha legal com a Apple, deixou o cargo.

Essa mudança de liderança criou um clima de especulação sobre uma possível resolução para o conflito entre as empresas. Como Kiani era um crítico vocal da Apple e adotava uma postura de confronto, sua saída abre a possibilidade para um acordo mais amigável.

Sem Kiani no comando, é possível que a nova diretoria da Masimo adote uma abordagem mais pragmática.

Isso pode incluir a retirada das ações legais ou um acordo de licenciamento que permita à Apple readquirir o direito de usar a tecnologia de monitoramento de oxigênio no Apple Watch.

Uma resolução dessa natureza beneficiaria tanto a Apple, que poderia reintroduzir a funcionalidade nos novos modelos do relógio, quanto a Masimo, que poderia se concentrar em outros projetos estratégicos e possivelmente lucrar com um acordo de licenciamento.

Importância do monitoramento de oxigênio para a Apple

A capacidade de medir o nível de oxigênio no sangue não é apenas um recurso adicional; ela representa um diferencial estratégico no mercado de wearables focados em saúde.

O Apple Watch já é um líder nesse segmento, com funcionalidades como o monitoramento de frequência cardíaca, ECG (eletrocardiograma) e, mais recentemente, sensores de temperatura e notificações de ritmo cardíaco irregular.

Além disso, essa funcionalidade também tem valor em um contexto pós-pandemia, em que as pessoas estão mais conscientes sobre o monitoramento de seus sinais vitais e buscam maneiras práticas de acompanhar sua saúde de maneira não invasiva.

Apesar do Apple Watch continuar sendo vendido com o recurso em outros mercados como o Brasil, o fato de ser bloqueado nos Estados Unidos acaba fazendo com que a Apple não invista na evolução da função.

Então, mesmo que nós tenhamos acesso, não veremos essa tecnologia avançar.

E é por isso que a possibilidade de que isso mude a médio prazo é uma boa notícia para todos nós. Principalmente os que preferem comprar os produtos da Apple em viagens.

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