Snapdragon X Elite traz avanços notáveis, mas ainda fica atrás do M3 da Apple
A Qualcomm finalmente lançou sua nova série de chips para laptops, o Snapdragon X Elite, gerando grande expectativa no mercado. No entanto, os primeiros testes mostram que, apesar de avanços significativos, esses chips ainda ficam atrás do M3 simples da Apple em alguns aspectos cruciais.
A Qualcomm (assim como o resto da indústria) luta há anos para correr atrás do desempenho impressionante dos chips da Apple desde o M1.
O grande problema deste lançamento foi o marketing prévio exagerado da Qualcomm sobre a revolução que traria este novo processador, mas que no final não entregou os mesmos números divulgados pela empresa.
Desempenho de núcleo único
Uma das áreas mais críticas para muitos usuários é o desempenho de núcleo único, que afeta diretamente a velocidade e a responsividade em tarefas comuns do dia a dia.
Nesse quesito, o Snapdragon X Elite não conseguiu superar o M3 da Apple. Testes iniciais de benchmark mostram que o Snapdragon X Elite atinge cerca de 2.800 pontos em núcleos únicos no Geekbench, enquanto o M3 da Apple ultrapassa confortavelmente os 3.000 pontos.
Isso significa que, para tarefas que dependem de alta performance em núcleo único, como navegação na web e uso de aplicativos de escritório, o MacBook Air equipado com o M3 ainda oferece uma experiência mais rápida.
Desempenho de múltiplos núcleos
Apesar dessas desvantagens, o Snapdragon X Elite se destaca em testes de múltiplos núcleos.
Equipado com 12 núcleos, ele supera o M3 (simples), que possui 8 núcleos, em tarefas que exigem processamento paralelo.
Nos benchmarks, o Snapdragon X Elite alcançou cerca de 14.300 pontos em múltiplos núcleos, comparado aos 12.000 pontos do M3.
Isso significa que para atividades que demandam maior poder de processamento, como edição de vídeo e execução de software pesado, o Snapdragon X Elite pode oferecer uma performance superior.
Porém, quando falamos do M3 Pro e M3 Max, a história muda, com o “revolucionário” Snapdragon X Elite ficando para trás.
Eficiência Energética
Mas talvez a pior parte seja algo que atinge a usabilidade para todos os usuários, não apenas os profissionais: eficiência energética. Especialmente para usuários de laptops que valorizam a duração da bateria.
Aqui, o M3 da Apple também leva vantagem. Testes realizados pelo NotebookCheck mostram que o Snapdragon X Elite consome cerca de 14W de potência ao rodar o Cinebench, enquanto o M3 consome aproximadamente 10W para a mesma tarefa.
Essa diferença de consumo pode parecer pequena, mas se traduz em uma maior duração de bateria para dispositivos com chips da Apple, o que é um fator decisivo para muitos consumidores.
Apple ainda está bem a frente
A Qualcomm está em 2024 lançando seu mais moderno processador móvel que, no momento, está perdendo para o Apple M3. Porém, é importante lembrar que este já não é o chip mais recente da empresa, com a transição para os chips M4 já em andamento.
Os novos MacBooks com M4 devem começar a ser lançados ainda este ano, prometendo melhorias adicionais em desempenho e eficiência energética.
Os primeiros testes do M4 no iPad Pro indicam que ele supera o Snapdragon X Elite em todos os aspectos de benchmark, mesmo em dispositivos sem ventilação ativa.
Então, ao contrário do que a Qualcomm diz, ela ainda não está conseguindo apresentar nada de “revolucionário”.
Competição benéfica
É engraçado como alguns sites de tecnologia querem forçar a barra para beneficiar o Snapdragon, comparando-o com o M2 Max e não com os mais atuais M3 ou M4. Mas qual a novidade, não é mesmo?
Seja como for, o importante é que a Qualcomm está tentando e pode, eventualmente, alcançar a Apple em algum momento no futuro.
Isso está empurrando a Apple a não se acomodar e continuar desenvolvendo a performance dos seus processadores próprios, lançando sempre melhorias.
E sabe quem ganha mais com isso? Nós, consumidores.