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Apple publica relatório de solicitações de governos sobre dados dos usuários

Relatório Apple

A Apple hoje publicou um interessante relatório informando todas as vezes que governos requisitaram informações pessoais sobre usuários. E na lista, está também o Brasil.

Em tempos de escândalos de espionagem, a empresa resolveu ser transparente e tornar público o número de vezes que foi solicitada a revelar informações sobre os usuários de seus produtos. E é importante destacar que nem todas estas solicitações foram atendidas.

O relatório (que pode ser baixado em PDF neste link) já começa explicando seu objetivo:

Acreditamos que nossos clientes tem o direito de entender como suas informações pessoais são tratadas, e consideramos que é nossa responsabilidade dar-lhes a melhor proteção de privacidade disponível. A Apple preparou este relatório sobre as solicitações que recebemos dos governos que procuram informações sobre os usuários ou dispositivos individuais no interesse da transparência para nossos clientes ao redor o mundo.

Nele, está listado o número de vezes que cada país fez algum tipo de solicitação de dados pessoais.

O Brasil, por exemplo, fez 8 solicitações sobre informações de contas de usuários brasileiros. Porém, destas 8, nenhum dado foi repassado. É importante destacar que estes pedidos não foram feitos necessariamente pelo Poder Executivo, mas podem ter sido solicitados por qualquer entidade com status de autoridade, como requisições judiciais ou órgãos policiais. Por exemplo, em matéria de solicitações sobre dispositivos, foram feitos 34 pedidos que abrangiam 5057 iPhones, iPads ou Macs, muitos deles relacionados à recuperação de aparelhos roubados. Destes pedidos, a Apple acatou apenas 2, o equivalente a 6% das requisições, mostrando que ela preserva bem os dados de seus clientes.

A Apple faz questão de deixar claro que, ao contrário de algumas empresas que dependem da coleta de dados de seus clientes para fazer o seu negócio (citando dois exemplos aleatórios, Facebook e Google), a Apple não precisa guardar ou arquivar os dados pessoais de ninguém.

Talvez o mais importante, o nosso negócio não depende do recolhimento de dados pessoais. Nós não temos nenhum interesse em acumular informações pessoais sobre os nossos clientes. Nós protegemos conversas pessoais, fornecendo criptografia ponta-a-ponta no iMessage e FaceTime. Nós não armazenamos dados de localização, mapas, buscas ou pedidos do Siri em qualquer forma de identificação.

A Apple pretende assim colocar lenha na fogueira para os debates que estão acontecendo sobre o controle do governo norte-americano sobre as informações de usuários da internet. E, ao mesmo tempo, tentando tirar sua responsabilidade sobre o que a NSA faz.

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