De vários lançamentos esperados para março, um dos únicos que realmente viraram realidade foi o novo iPad Pro, que trouxe um inédito scanner de realidade aumentada, câmera traseira dupla e a promessa de uma performance melhor que a geração anterior.
Porém, as especificações técnicas nos chamaram a atenção, a ponto de questionarmos aqui se o “novo” processador A12Z era assim tão diferente daquele de 2018.
Agora, uma analise técnica da empresa TechInsights confirmou que o processador A12Z é exatamente o mesmo A12X da geração de 2018, com a diferença de ter todos os seus 8 núcleos ativos.
Segundo a análise, o processador de 2018 já tinha 8 núcleos, mas um deles estava desativado. O “novo” A12Z é o mesmíssimo processador, porém com o oitavo núcleo ativado.
Our analysis confirms #Apple #A12Z GPU chip found inside #iPadPro (model A2068) is the same as A12X predecessor. A report of our findings is underway & will be available as part of TechInsights’ #Logic Subscription. Learn more here https://t.co/WWQqlPorNF pic.twitter.com/RsQEADpZsc
— TechInsights (@techinsightsinc) April 13, 2020
Ele é melhor que o processador anterior? Sim, mas significa que a mesma potência de hoje já existia em 2018. Então por que a Apple já não ativou o 8º núcleo antes?
Infelizmente não temos uma resposta a essa pergunta. É possível que a limitação tenha sido necessária por gastar energia excessiva com o sistema e a tecnologia que existia em 2018, tornando-se necessário este tempo para otimizar todos os componentes para suportar os 8 núcleos.
Ou… (e talvez seja o mais provável) tenha sido apenas uma decisão comercial da Apple de limitar um processador que na época já era bastante rápido em relação à concorrência, esperando para dar um fôlego extra na geração seguinte, sem precisar reinventar a roda.
Sem dúvida o A12Z Bionic ainda é um processador muito rápido e faz o iPad Pro voar baixo em todos os aplicativos que roda. Mas ainda é bem estranho ver a Apple lançar um produto de “última geração” usando processador “velho”, já usado anteriormente.
Quem sabe não é um primeiro sinal de que o mundo tecnológico está mudando e que não teremos mais o mesmo ritmo evolutivo da última década, em que cada ano as empresas precisavam se reinventar para agradar seu público.
Estaríamos presenciando um novo conceito de “evolução”?