A revista Veja noticiou hoje que o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) concedeu autorização para a Apple fabricar no Brasil “um novo modelo de iPad” com os mesmos benefícios fiscais que o iPad já tem no país desde o início do ano. A lógica é que se esteja falando do novo iPad mini.
O Ministério quis fazer mistério sobre o modelo específico, mas como o iPad 3 (que possui as mesmas medidas do iPad 4) já tinha sido aprovado, é muito mais lógico pensar que se trate do novo modelo menor, que passou pelo aval do Governo. Mesmo sem este aval, a Lei do Bem já incluiria automaticamente o mini, por beneficiar dispositivos “que tenham uma unidade central de processamento com entrada e saída de dados por meio de uma tela sensível ao toque de área superior a 140 centímetros quadrados”. O iPad mini mede 269,4 cm2.
Mas isso não significa necessariamente que o valor do produto será mais baixo por aqui. Segundo o próprio ministro, as empresas que fabricam no Brasil e obtém assim a redução fiscal não são obrigadas a repassar este desconto para os preços ao consumidor.
A empresa deve apresentar outras contrapartidas. Mas não há nenhuma obrigação de redução de preço.
Isto explica, por exemplo, o iPad 3 ser fabricado no país e só ter baixado R$100 em maio passado (leia “Novo iPad terá o menor preço já praticado no Brasil“), quando todos esperavam descontos de 30%.
Mas na área educacional, se a Apple quisesse, poderia sim dar bons descontos para que ele fosse adotado em um grande número de escolas, como era a intenção original do governo. O tamanho menor torna o aparelho ideal para o uso em escolas.
Falta só boa vontade para fazer isso.