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Gradiente divulga vídeo para mostrar ao consumidor a diferença entre os “iphones”

A Gradiente começou a divulgar esta semana um vídeo explicativo mostrando a diferença entre o seu novo aparelho de marca iphone e o homônimo da Apple.

Com o título “Gradiente iphone. Que *** é essa?“, o vídeo tenta explicar porque a empresa está usando só agora a famosa marca.

No vídeo, a empresa brasileira assume que o aparelho da Apple é muito melhor, citando inclusive que foi feito por “uma empresa de tecnologia super competente e com um comandante brilhante“, com o intuito aparente de acalmar a indignação de quem fica indignado com imitações. Confira o vídeo:

YouTube video

Tudo muito lindo e bem explicado. Mas tem partes da história que não dá para engolir.

Já no início, ela começa forçando a barra: “No ano 2000, a Gradiente apostou em uma ideia brilhante, juntar internet com telefone celular“. Ou seja, apostou em uma ideia que já não era dela, pois na época já se falava muito nisso. Aí ela tenta justificar a adoção do nome:

A turma do marketing logo pensou num nome: Internet Phone. Mas o nome ficou grande demais. E aí eles abreviaram para IPHONE.

Se tirarmos este “Meu Primeiro Campo de Distorção Gradiente” e aplicarmos a mesma frase à realidade, ela poderia ficar assim:

Em 1998 a Apple lançou o iMac, um computador com facilidade de se conectar à internet (Internet + Mac). Aí nossa turma do marketing teve a brilhante ideia de patentear um nome parecido, mas voltado a um telefone.

Não há dúvidas de que a Gradiente não inventou o nome, ela “chupou” da Apple. Mas tudo bem, a lei beneficia quem registra primeiro, não quem inventa. Então, a lei está do lado da Gradiente neste caso.

Mas o que a empresa brasileira não devia era mentir. Dizer que “estava lançado aqui no Brasil o primeiro iPhone no mundo” é mentira. A Cisco já usava a marca desde 1999 nos Estados Unidos.

O que vai acontecer agora? Ela provavelmente tentará impedir que a Apple use a marca no Brasil, haverá negociação e a Gradiente receberá uma boa quantia em dinheiro para deixar a Apple usar o nome. E nossa indústria nacional continuará a mesma: vazia, nada criativa e sem inovação nenhuma para seus consumidores. Até quando dependeremos de inovação importada?

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