Como os europeus escolherão o navegador padrão no iOS 17.4
A próxima versão do sistema operacional do iPhone, o iOS 17.4, trará uma alteração significativa relacionada ao navegador Safari e à escolha de um navegador padrão por parte dos usuários na Europa.
Ao iniciar o Safari pela primeira vez após a atualização, os usuários serão apresentados a uma série de telas informativas que explicam a nova opção de escolher um navegador padrão.
Uma lista de navegadores aprovados pela Apple é exibida, incluindo nomes conhecidos como Chrome, Firefox e Edge, bem como opções menos populares, como Ecosia, Aloha e DuckDuckGo.
Se o navegador desejado não estiver instalado, os usuários serão redirecionados para a App Store para fazer o download.
Após a instalação, o navegador escolhido se torna o padrão. Os usuários também têm a flexibilidade de voltar para o Safari ou selecionar outro navegador padrão nas configurações do iOS e do Safari.
Esta mudança é uma resposta ao Regulamento de Mercados Digitais (DMA, na sigla em inglês) da União Europeia, que exige que as empresas de tecnologia ofereçam aos usuários a opção de escolher seu navegador padrão.
No iPhone a opção para alterar o navegador padrão já está disponível desde o iOS 14. Porém, a partir de março de 2024 as empresas de tecnologia precisarão destacar a opção de escolha do navegador logo no início do uso e mencionarem seus concorrentes.
A lista de navegadores disponíveis irá variar em cada país, de acordo com os apps mais populares. A ordem, por obrigação da legislação, deverá ser sempre aleatória, ou seja, se um dia o Chrome aparecer por primeiro, em um outro momento haverá outro no topo da lista.
Vale lembrar para quem chegou agora que este aviso para escolher o navegador irá ficar ativo apenas para usuários que estiverem geograficamente na Europa. Não adianta mudar a região nos Ajustes, que não irá funcionar.
Os desenvolvedores também poderão oferecer seus navegadores com motor próprio, sem serem obrigados a usar a base do WebKit que, basicamente, é o Safari. Porém, essas versões só serão disponibilizadas no território europeu.
É importante notar que, embora essa opção esteja disponível na Europa, a Apple não estendeu a mesma funcionalidade aos navegadores distribuídos fora da região do DMA. Isso implica que os desenvolvedores de navegadores terão que manter duas versões distintas de seus aplicativos, uma com seu mecanismo na Europa e outra com o WebKit em outras regiões.