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Mais uma vez, União Europeia tenta obrigar a Apple a adotar o USB-C no iPhone

Essa é uma novela antiga.

Desde 2010, a União Europeia tenta adotar um padrão único para todos os cabos de celulares.

O princípio é que seria possível comprar o cabo apenas uma vez e permanecer com ele mesmo quando se troca de celular, reduzindo assim o lixo eletrônico.

A Apple, inclusive, aplicou na prática este princípio desde o ano passado, quando parou de incluir a fonte carregadora na caixa do iPhone.

Mas para a UE, isto não é suficiente. Eles querem também que a empresa de Tim Cook adote um conector USB-C, para poder carregar o aparelho com os cabos de outros celulares.

Nesta quinta (23), a Comissão Europeia apresentou uma proposta ao parlamento europeu, para que se obrigue a adoção do conector único para celulares, tablets, fones de ouvido, alto-falantes portáteis e consoles de videogames portáteis.

A mesma proposta também pretende exigir que se venda as fontes carregadoras separadamente, como a Apple já faz.

Segundo eles, a regulamentação se faz depois de uma década de negociações, em que tentaram que os próprios fabricantes entrassem em um acordo para um conector único, o que de fato não aconteceu.

A Apple já vem quase que se preparando para este tipo de mudança. O USB-C já foi adotado nos modelos top de linha dos iPads e ela mesmo iniciou a tendência de vender o carregador separadamente. Há inclusive rumores que apontam para um futuro iPhone sem conector algum.

Mesmo com essas atitudes preventivas, a Apple continua sendo contra a possível regulamentação europeia.

Continuamos preocupados com o fato de que uma regulamentação rígida que exige apenas um tipo de conector sufoque a inovação em vez de encorajá-la, o que, por sua vez, prejudicará os consumidores na Europa e em todo o mundo.

Vale lembrar que em 2009 a UE queria padronizar o micro-USB para todos os aparelhos, o que já era uma tecnologia ultrapassada na época. Se todos forem obrigados a usar USB-C, significaria que as empresas ficariam presas a este formato, sem deixar espaço para se criar outro ainda melhor e mais moderno.

Uma vez aprovada a nova lei, as empresas terão 24 meses para se adaptar.

Fonte
Reuters
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