Brasileiros e portugueses não terão Apple Intelligence em seus iPhones antes de 2026
Apple anuncia expansão global da Apple Intelligence, mas brasileiros não terão acesso à plataforma em 2025

Em seu evento especial de setembro, a Apple anunciou a ampliação internacional de sua tão aguardada inteligência artificial, que se imaginava que ficaria restrita aos Estados Unidos até o ano que vem.
Enquanto foi uma boa surpresa saber que a empresa já começará a expandir a funcionalidade para outros países nos próximos meses, ao mesmo tempo os brasileiros levaram um balde de água fria ao saber que nosso país não está incluído nesses mesmos planos de ampliação, pelo menos não até 2026.
Expansão global: os primeiros mercados
Inicialmente, a Apple Intelligence será lançada nos Estados Unidos com o iOS 18.1 e, logo em seguida, expandirá para outros mercados de língua inglesa, como Reino Unido, Canadá, Austrália, Nova Zelândia e África do Sul, até o final de 2024.
Em 2025, a Apple prevê a inclusão de idiomas como chinês, francês, japonês e espanhol, ampliando ainda mais sua presença em novos mercados.
No entanto, para mercados como o Brasil e Portugal, o lançamento da Apple Intelligence vai demorar mais para acontecer, pois a língua portuguesa não está prevista nem para 2025.
A ausência da Apple Intelligence no Brasil pelo menos até 2026 pode frustrar muitos usuários que já esperavam pelas novas funcionalidades de inteligência artificial integradas aos dispositivos Apple.
As melhorias em tarefas como automação de rotinas, interações mais naturais com a assistente virtual Siri e o uso de IA para aprimorar a experiência em aplicativos nativos como o Fotos e o Mensagens são altamente aguardadas.
Isso pode, inclusive, prejudicar as vendas internas dos novos iPhones 16, visto que um dos grandes atrativos para a troca de aparelho seria justamente a Apple Intelligence, que por enquanto está limitada apenas para modelos a partir do iPhone 15 Pro.
A IA da Apple poderá ser acessada no Brasil com os novos modelos, mas o sistema terá que estar em uma das línguas suportadas, o que é limitador para a maioria dos usuários nacionais.
É uma pena que tenhamos que ficar fora desse que é um dos lançamentos mais aguardados da Apple. Logo ela que foi tão criticada por demorar tanto para “embarcar no bonde” da inteligência artificial.
E nós demoraremos ainda mais.
Mesmo sendo fluente em inglês é um absurdo isso. Se o apple inteligence usa open AI, que estão em outras línguas, pq a Apple não conseguiria absorver isso? É uma falta de respeito enorme com os consumidores de fora. Eu deixo meu celular numa língua q nem em português é por questões de aprendizado mesmo e se eu quiser usar uma coisa básica dos dias de hoje que é o AI vou precisar colocar tudo em inglês? Assustador isso.
que zoado. Em tempos de tradução simultânea automática, machine learning e etc, uma empresa desse porte não conseguir entregar uma AI multilingual é simplesmente bizarro.
Divulgam o Apple Watch que tem tradução simultânea e não conseguem fazer a própria inteligência traduzir ou melhor ainda, aprender todos os idiomas.
🤡🤡🤡
Que papelão. A meses que substitui pesquisas no Google por AI e tanto faz a língua usada. Sempre vem uma resposta muito completa.
Aí vem a Apple com essa galinhagem… Real mesmo é que a empresa está pouco se lixando pro Brasil e vários outros países.
O fato de o GPT dominar vários idiomas desde o início trouxe uma sensação de inclusão para países como o Brasil, que historicamente ficaram de fora das principais inovações tecnológicas lançadas por grandes empresas americanas. É surpreendente ver uma ferramenta tão poderosa e acessível a todos, funcionar da mesma forma e independentemente do idioma. Nem os russos ficaram de fora. A questão da IA da Apple ainda ter limitações linguísticas, sendo baseado nessa mesma tecnologia, é um balde de água fria.. Afinal, se a OpenAI já provou que é possível lidar com essa “complexidade” de forma totalmente eficiente, é, no mínimo, incoerente que a Apple não ofereça a mesma versatilidade. Não, ainda não dá para acreditar que IA da Apple seja realmente inteligente.
Tá na cara que o problema não é a língua mas capacidade de processamento.
Eles, evidentemente, estão criando uma forma de filtrar o número de dispositivos que recorrerão aos servidores de IA.
Alguém pode dizer: "Não faz sentido, a IA da Apple rodará local. O A18 tem 16 núcleos pra isso, bla bla bla…"
Mais ou menos. Parte da IA funcionará local. O restante, que é certamente a parte mais pesada, irá para servidores Apple e contratados. Como a Apple sempre preza pelo bom nome – pelo menos quando o assunto é o bom funcionamento dos recursos apresentados – ela não vai deixar o descontrole tomar conta com usuários do mundo todo entupindo seus servidores e criando todo tipo de marketing ruim em cima de erros e delays. O AI já é um recurso que demorou demais pra existir, imagine nascer com uma chuva de críticas.
Pra mim essa conversa e decisão muito mais estratégica. Não tem limitação tecnológica nenhuma envolvendo idiomas suportados.
exato, tem mais a ver com os servidores deles do que com a questão de tradução do idioma.
Este ano, viajei pela primeira vez aos Estados Unidos e passei 25 dias explorando a Flórida. Nesse período, tive a oportunidade de conhecer bem de perto a cultura marcadamente imperialista e consumista do país. Apple Store, por exemplo, tem pra tudo quanto é lugar. Uma coisa que ficou absolutamente clara como cristal, é que, para os americanos, existe o "mundo deles" e o "resto". Mesmo o Brasil, com sua população relativamente considerável, me pareceu bastante insignificante quando relembro do peso que o mercado americano representa. Se analisarmos, por exemplo, o número de iPhones compatíveis com os requisitos do Apple Intelligence, os números brasileiros serão certamente pifios e irrelevantes se comparados ao mercado dos EUA. Não acho que a justificativa de infraestrutura de processamento seja lá muito válida para o nosso caso. O fato é que, para muitas grandes empresas de alta tecnologia, o Brasil continua sendo um mercado de pouca importância. Apesar do nosso tamanho e potencial, ainda somos tratados como um simples player terciário no cenário global, tanto em termos de satisfação quanto de consumo tecnológico.
@icardx:disqus Eu entendo seu ponto e concordo com ele. Porém neste caso específico da AI, ainda acredito que não seja o caso.
Veja na matéria:
O iLex diz que AI será disponibilizada primeiro nos USA, depois em mais um grupo de países, e depois vai sendo liberada pro resto do mundo.
Isso é em primeiro lugar uma medida de contenção, simples assim.
Você não está errado. Mas o ponto que quiz destacar é justamente esse: não há nada de novo nessa situação. Sempre foi dessa forma, primeiro a América, depois o resto do mundo. O Brasil, para zero surpresa de todos, fica no fim da fila. As línguas priorizadas são quase sempre as mesmas: Inglês, Espanhol, Francês, Italiano, e até o Japonês entra antes. O Português acaba ficando relegado à última das últimas prioridades. E isso não se limita apenas às políticas da Apple, mas é uma prática comum entre diversas empresas globais, constatando como o mercado brasileiro, muitas vezes, é tratado de forma absolutamente despriorizada.
Sim, infelizmente é verdade!
A Apple tem umas práticas que já estão completamente defasadas pro mundo atual. Isso faria sentido no IPhone 3G, atualmente não faz o menor sentido quando temos outras soluções com as mesmas funções funcionando plenamente.
Como outra pessoa comentou aqui, acho que tem muito mais haver com capacidade de suporte dos servidores da Apple, do que dificuldade técnica com suporte de idiomas, até porque ela foi bem enfática em dizer que o que roda na nuvem, roda em servidores feito com seus próprios processadores.
Então a dificuldade deve ser física, em construir Data Centers que consumam somente energia renovável, que sejam construídos com a menor pegada de carbono possível e todo aquele blablabla da Apple 2030, coisa que ela deu bastante ênfase na apresentação desse ano.
Mas achei bem vago esse “Next Year”, acho que ainda tem chances de final do ano que vem disponibilizarem mais idiomas que o anunciado, quem sabe o Brasil…
Poxa, isso é broxante demais!! No começo do ano já estava preparado para pegar o 15 pro. Quando foi anunciado o iOS 18 com a inteligência artificial, eu segurei para esperar o 16 pro para ter tudo completo.
Qual a dificuldade da Apple lançar tudo de uma vez em todas as línguas, se é inteligência artificial, não era para ter essa dificuldade.
Voltei a pensar seriamente em pegar o 15 Pro. Vai ser mais barato agora
não me surpreendeu, o Brasil sempre fica atrás nos lançamentos que precisam de tradução pra português. mas acredito que a tradução hj em dia não seja o problema, deve ser algo relacionado ao processamento e servidores da empresa.
Até hoje os HomePod não funcionam em português, anos depois… simplesmente brochante!
Patuvê!
É bizarro esse tipo de situação, vindo de uma das empresas mais ricas do mundo da tecnologia! A Samsung, com a Galaxy AI, já está funcionando a pleno!
Não há desculpa plausível para essa demora, seja por infraestrutura (servidores) ou por questões mercadológicas.
Era obrigação da uma Big Tech como a Apple, lançar a AI para muito mais países no lançamento da ferramenta!
Tem toda a lógica. Quantos usuários falantes do Português usam iPhones? A lógica manda priorizar as línguas com maior venda e ir expandindo na ordem decrescente, até pq não é uma questão de traduzir, mas de compreender a semântica principalmente de gírias e de expressões locais, além de contextos, notícias e cultura.
O que não tem lógica é partir de APIs que já possuem o português implementado e não aproveitar isso.